A Força Aérea Brasileira (FAB) anunciou a aquisição de 11 helicópteros UH-60L Black Hawk diretamente do Exército dos Estados Unidos. O contrato, no valor de R$ 1,2 bilhão, foi firmado sem a necessidade de licitação e publicado no Diário Oficial da União. A ACE Aeronautics, fabricante norte-americana, será responsável pela integração de novos sistemas de navegação e controle de voo nas aeronaves.

Esta compra acontece em um cenário político delicado, com possíveis negociações entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, e em meio a esforços do Governo brasileiro para reduzir tarifas impostas pelos EUA sobre produtos nacionais.
Modernização da Frota Aérea Brasileira
Os helicópteros adquiridos fazem parte do programa BEST (Blackhawk Exchange Sales Team) do Exército americano, focado na venda de aeronaves revisadas a países parceiros. O acordo não se limita à compra dos 11 novos Black Hawks; ele também inclui a modernização de outras 13 aeronaves já em operação pela FAB, elevando para 24 o total de unidades de última geração.
Os Black Hawk são essenciais para as operações da Aeronáutica, incluindo missões de resgate, transporte de tropas, logística e ações humanitárias, especialmente em áreas remotas como a Amazônia e o litoral brasileiro.
Fortalecendo a Parceria Militar com os EUA
A recente negociação solidifica a cooperação militar de longa data entre o Brasil e os Estados Unidos. Em maio de 2024, o Brasil já havia aprovado a compra de um pacote de equipamentos militares, incluindo mísseis, veículos blindados, sistemas de guerra eletrônica e aeronaves de transporte, avaliado em US$ 950 milhões, com entregas planejadas até 2028.
A classificação do contrato como inexigível de licitação ocorreu devido ao fornecimento exclusivo autorizado pelo governo dos EUA, sendo a operação gerenciada pelo Parque de Material Aeronáutico de São Paulo. Apesar de estratégica para a modernização da FAB, a aquisição surge em um período de contenção fiscal para o governo federal, que busca compensar perdas de arrecadação.
Fonte: InfoMoney