Bradesco BBI mantém cautela com WEG (WEGE3) apesar de otimismo

Bradesco BBI mantém recomendação neutra para WEG (WEGE3) e eleva preço-alvo, mas vê múltiplos exigentes e margem pressionada. Saiba mais.
WEG WEGE3 — foto ilustrativa WEG WEGE3 — foto ilustrativa

A WEG (WEGE3) deve apresentar um desempenho razoável em 2026, com crescimento acima das expectativas anteriores, mas o Bradesco BBI ainda não vê motivos suficientes para justificar uma recomendação de compra. O banco elevou o preço-alvo da ação de R$ 44 para R$ 46, representando um potencial de valorização de cerca de 9%, e manteve a recomendação neutra.

Analistas do Bradesco BBI apontam que o múltiplo de preço sobre Lucro (P/L) de 26 vezes para 2026 é considerado exigente, e a margem operacional pode continuar pressionada no curto prazo.

O relatório indica que as estimativas de receita foram ajustadas para cima, com um aumento de 2% em relação à projeção anterior. O Bradesco BBI espera que a receita atinja R$ 43,4 bilhões em 2026, um avanço de 7% em moeda constante (FXN), contra um crescimento de 5% projetado para 2025.

A projeção para a margem Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) é de uma leve queda, de 21,8% em 2025 para 21,5% em 2026. Essa pressão é atribuída às tarifas americanas sobre exportações brasileiras e a Custos de matérias-primas.

Imagem ilustrativa da WEG
WEG (WEGE3) enfrenta um cenário de cautela, segundo análise do Bradesco BBI.

Vetores de Crescimento da WEG (WEGE3)

Os analistas acreditam que a WEG está confiante em manter um crescimento próximo a dois dígitos, mesmo diante de um ambiente global mais fraco. O banco identifica três principais vetores de crescimento para os próximos anos.

O primeiro vetor vem dos novos negócios, como mobilidade elétrica, sistemas de armazenamento de energia em baterias (Bess) e alternadores Marathon para data centers. Estes segmentos devem começar a contribuir significativamente a partir do segundo semestre de 2026.

O segundo vetor é a expansão da capacidade de produção de transformadores, com projeção de dobrar até 2027, o que sustentará o aumento de receita no médio prazo. O terceiro vetor envolve oportunidades no Mercado brasileiro, impulsionadas pela maior procura por condensadores síncronos para linhas de transmissão, o leilão de baterias previsto para dezembro de 2025 e o avanço dos sistemas de propulsão para ônibus elétricos e infraestrutura de recarga.

Perspectivas Financeiras e Recomendação do Bradesco BBI

Apesar da expectativa de melhora em 2026 e 2027, o Bradesco BBI prevê dois trimestres mais fracos adiante. A instituição estima queda na receita e nas margens no quarto trimestre de 2025 e no primeiro trimestre de 2026, refletindo a comparação com resultados mais fortes do ano anterior e o impacto das tarifas americanas.

O banco projeta que o crescimento da receita em moeda constante ficará entre 3% e 4% no próximo trimestre, enquanto a margem Ebitda pode cair cerca de um ponto percentual em relação ao período anterior. O mercado financeiro aguarda sinais mais claros de recuperação.

Para os analistas, o potencial de valorização da ação da WEG (WEGE3) permanece limitado. O retorno de caixa livre ao acionista (FCFE) é modesto, em torno de 3%, devido ao investimento (capex) ainda elevado, acima de 6% da receita no curto prazo. Embora a empresa mantenha fortes fundamentos e boas perspectivas ligadas à transição energética, o Bradesco BBI prefere aguardar um ponto de entrada mais atrativo para a compra das ações.

Sede da B3, Bolsa de Valores de São Paulo
O mercado de ações brasileiro, representado pela B3, ainda observa os movimentos da WEG com cautela.

Fonte: InfoMoney

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