Bolsonarismo em xeque: Relação com Trump e o futuro político no Brasil

O bolsonarismo enfrenta desafios com a relação de Trump e o Brasil. Entenda o impacto no cenário político brasileiro e as projeções para o futuro.

A estratégia do deputado Eduardo Bolsonaro de buscar retaliação dos Estados Unidos contra o Brasil, após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro por golpe de Estado, parecia ganhar força. Donald Trump, presidente americano, criticou publicamente as instituições brasileiras e chegou a sobretaxar produtos nacionais. Nas franjas do bolsonarismo, especulava-se até sobre uma intervenção para o retorno de Bolsonaro ao poder.

O Governo brasileiro foi pego de surpresa, sem interlocução com a maior potência mundial. Eduardo Bolsonaro e o empresário Paulo Figueiredo, articuladores dessa campanha, divulgavam suas ações em Washington, com vídeos em frente à Casa Branca.

O Ponto de Virada: Encontro de Lula e Trump

O cenário mudou a partir do encontro entre o presidente Lula e Donald Trump na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque. Inicialmente, a versão bolsonarista interpretou o contato como uma armadilha, prevendo humilhação para Lula. No entanto, a realidade tomou um rumo diferente com uma conferência telefônica amistosa entre as equipes de ambos os presidentes, a pedido dos EUA.

A nomeação do secretário de Estado Marco Rubio como negociador, visto como um “falcão” hostil ao governo brasileiro, também não resultou na estratégia de humilhação esperada. Rubio teve um encontro Amistoso com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.

Adaptação e Desafios do Bolsonarismo

Diante desses fatos, o discurso bolsonarista precisou se adaptar. Alegações de que “os americanos não teriam cedido em nada” surgiram, enquanto Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo continuavam a divulgar suas articulações em Washington. Eduardo, em um possível delírio, vislumbrava uma candidatura à presidência com o apoio de Trump.

O boicote de Eduardo Bolsonaro também tem sido um obstáculo para o lançamento à presidência do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Isso leva alguns a chamarem Eduardo de “o camisa 10” de Lula.

O Futuro Político e o Legado de Trump

O recente encontro pessoal de Trump e Lula na Malásia manteve o tom amistoso, com as portas entre os dois países abertas. Para o bolsonarismo, restou a alegação de que “nada foi conseguido”, uma desculpa conveniente diante das pretensões iniciais de Punição e intervenção.

Enquanto isso, Lula, que antes era visto como um líder sem bandeiras claras, absorveu temas caros ao bolsonarismo, como o Patriotismo, aumentando sua popularidade e consolidando-se como favorito à reeleição. Para um bolsonarista reflexivo, o momento é de questionar a eficácia do barulho causado por Eduardo Bolsonaro e companhia e a dependência de Trump nas estratégias futuras. A resposta parece ser negativa.

Fonte: Estadão

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