O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Ministério das Cidades anunciaram a seleção de 187 projetos estratégicos. O objetivo é impulsionar investimentos na expansão das redes de transporte público coletivo de média e alta capacidade nas 21 maiores regiões metropolitanas do Brasil.

Investimentos Massivos em Mobilidade Urbana
Os investimentos totais projetados para estes projetos somam R$ 430 bilhões. Deste montante, R$ 230 bilhões são destinados a sistemas de metrô, R$ 31 bilhões para trens, até R$ 105 bilhões para Veículos Leves sobre Trilhos (VLTs) e até R$ 80 bilhões para Bus Rapid Transit (BRTs). Além disso, R$ 3,4 bilhões serão aplicados em corredores exclusivos de ônibus.
A viabilização desses investimentos dependerá de modelos de financiamento eficazes, com a participação significativa de investidores privados por meio de concessões e parcerias público-privadas (PPPs), conforme apontado pelo BNDES.
Abrangência Nacional e Benefícios Sociais
O estudo abrangeu áreas metropolitanas cruciais como Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba, Santos, Campinas, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Vitória, Goiânia, Distrito Federal, Salvador, Maceió, Recife, João Pessoa, Natal, Teresina, São Luís, Fortaleza, Belém e Manaus. O programa visa criar uma estratégia nacional de mobilidade urbana de longo prazo e sustentável, unindo esforços entre União, estados e municípios.
Segundo o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, o objetivo principal é elevar a qualidade de vida dos brasileiros, oferecendo um transporte mais eficiente, com menor impacto ambiental e maior segurança. A iniciativa busca também reduzir o número de acidentes de trânsito letais, diminuir o tempo médio de deslocamento nas cidades e cortar emissões de CO₂.
Sustentabilidade e Inclusão Social
O ministro das Cidades, Jader Filho, destacou que os projetos selecionados refletem o compromisso do Brasil com a adaptação às mudanças climáticas, integrando sustentabilidade, mobilidade e inclusão social. O investimento em transporte coletivo limpo é visto como um passo fundamental para tornar os centros urbanos mais resilientes, menos poluídos e com deslocamentos mais ágeis e seguros.
Projeções indicam uma redução de 3,1 milhões de toneladas de CO₂ emitidas anualmente e uma diminuição de cerca de 10% no custo da mobilidade urbana para os cidadãos, graças à implementação de sistemas mais eficientes.
Fonte: Estadão