BNDES investe R$ 1 bi em ETFs para impulsionar mercado de capitais

BNDES anuncia aporte de até R$ 1 bilhão em ETFs para impulsionar mercado de capitais. Saiba os detalhes da chamada pública e os critérios de seleção.
BNDES e ETFs — foto ilustrativa BNDES e ETFs — foto ilustrativa
Logo do BNDES na sede do banco no Rio de Janeiro 08/01/2019 REUTERS/Sergio Moraes

O BNDES anunciou nesta quarta-feira (29) uma nova iniciativa para fortalecer o Mercado de capitais brasileiro. Através de uma chamada pública, o banco destinará até R$ 1 bilhão em aportes para fundos de índice (ETFs) de ações, renda fixa ou híbridos. Esta movimentação marca a retomada dos investimentos do banco em renda variável após uma década.

A subsidiária BNDESPar será responsável pela condução do processo. Serão selecionados até cinco ETFs, com um investimento máximo de R$ 200 milhões por fundo, e a participação do BNDES será limitada a 50% em cada um. As propostas podem ser submetidas até 5 de dezembro, com o resultado previsto para março de 2026. A expectativa é que os recursos comecem a ser aplicados já no próximo ano.

Critérios de Seleção e Prioridades do BNDES

O banco dará preferência a fundos em estágio inicial ou recém-lançados que complementem o portfólio da BNDESPar. A seleção levará em conta a experiência da gestora, histórico de desempenho, taxa de administração e a aderência do fundo ao seu índice de referência. A iniciativa visa democratizar o Acesso a investimentos e impulsionar setores estratégicos.

Segundo Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, “é tarefa de um banco público apoiar o fortalecimento e a democratização do mercado de capitais, contribuindo para impulsionar a reindustrialização e a inovação, que são prioridades do Governo do presidente Lula“.

Panorama dos ETFs no Brasil

A indústria de ETFs no Brasil abrange fundos que replicam desde índices tradicionais como o Ibovespa, até estratégias setoriais e temáticas, incluindo renda fixa e sustentabilidade. Atualmente, a B3 lista 101 fundos de índice, mas o volume negociado e a diversidade de produtos ainda são inferiores aos de mercados mais desenvolvidos.

Essa nova chamada do BNDES se alinha a outras iniciativas passadas do banco no desenvolvimento do setor. O BNDESPar participou da criação de importantes ETFs, como o PIBB11 (2004), o primeiro do Brasil, e o ECOO11 (2012), focado no Índice Carbono Eficiente (ICO2). Em 2024, o banco já havia investido R$ 40 milhões no DVER11, um ETF voltado para diversidade corporativa.

Essa ação do BNDES pode atrair mais fundos para o mercado e aumentar a liquidez, beneficiando investidores que buscam diversificação e acesso a diferentes classes de ativos. O estímulo a ETFs mais diversificados pode democratizar o acesso a investimentos e fomentar novas empresas.

Fonte: InfoMoney

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