O bitcoin opera em queda nesta terça-feira, com investidores demonstrando preocupação com a relação comercial entre EUA e China. Pequim solicitou que os norte-americanos resolvam questões de “interesse mútuo” por meio do diálogo, em um cenário de incertezas geopolíticas.
Por volta das 16 horas (horário de Brasília), o bitcoin registrou uma queda de 2,1%, negociado a US$ 112.831,91. O ethereum também acompanhou o movimento de baixa, caindo 2,46% e alcançando US$ 4.006,03, de acordo com dados da Binance.
Tensões Comerciais entre EUA e China Impactam Mercado
O representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, indicou que as tarifas impostas à China podem ser antecipadas para antes de novembro, conforme sinalizado pelo presidente americano Donald Trump. Essas tarifas, uma retaliação aos controles de exportação chineses de terras raras, dependerão do comportamento de Pequim. Segundo Greer, os chineses teriam “ultrapassado os limites”.
Em resposta, um porta-voz do Ministério do Comércio da China afirmou que as tarifas de Washington podem afetar a estabilidade da cadeia de suprimentos global, elevando significativamente os Custos do comércio internacional. Essa escalada de tensões aumenta a aversão ao risco no mercado financeiro.
Análise do Tickmill Group e Fed: Aversão ao Risco
O Tickmill Group destacou que as recentes quedas acentuadas nas criptomoedas refletem uma “rápida redução do risco em um Mercado ainda dominado por chamadas de margem automáticas e liquidez fragmentada”. Este cenário aponta para uma maior volatilidade e especulação no setor.
Em paralelo, o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, alertou sobre os riscos negativos para o mercado de trabalho dos Estados Unidos. A análise do CIBC sugere que o discurso de Powell sinaliza uma possível redução nas taxas de juros pela instituição, apesar da incerteza gerada pela paralisação governamental e a Falta de dados claros.
A incerteza em relação às políticas monetárias e às tensões comerciais globais criam um ambiente instável para ativos de maior risco, como as criptomoedas, pressionando o valor do bitcoin.
Fonte: InfoMoney
