Bitcoin despenca 6% para mínimas de junho: o que esperar do mercado cripto?

Bitcoin despenca 6% e atinge mínimas de junho. Entenda os fatores macroeconômicos e on-chain por trás da queda e o que esperar para o futuro da criptomoeda.
Bitcoin cai 6% — foto ilustrativa Bitcoin cai 6% — foto ilustrativa

O Bitcoin (BTC) registrou uma queda de 6%, atingindo seu menor patamar de preço desde junho deste ano. Com a cotação em US$ 100.415 às 17h39, a maior criptomoeda do Mercado acumula uma desvalorização de 17,6% em relação à sua máxima histórica de US$ 126.080.

A forte retração no valor do Bitcoin é atribuída a uma combinação de fatores que incluem o cenário macroeconômico, movimentos on-chain e o processo de desalavancagem no mercado de futuros das criptomoedas.

Impacto da Política Monetária e Realização de Lucros

A perspectiva de uma postura mais cautelosa do Federal Reserve (Fed) em relação à redução das taxas de juros nos Estados Unidos impacta negativamente ativos de risco como o Bitcoin. Essa postura reduz a liquidez disponível no mercado, tornando a renda fixa mais atraente para os investidores.

Paralelamente, observou-se uma forte onda de realização de lucros por parte de investidores antigos. Carteiras que detêm Bitcoin há vários anos têm vendido suas posições, capitalizando ganhos expressivos sobre o preço de compra original.

Turbulência no Mercado de Futuros e Perspectivas

O mercado de futuros de criptomoedas também sente os efeitos do recente crash de 10 de outubro, que resultou na liquidação de US$ 19 bilhões em posições compradas. Esse evento foi desencadeado pela ameaça do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor tarifas adicionais de 100% à China.

Segundo Matheus Parizotto, analista da Mynt, a plataforma cripto do BTG Pactual, o ajuste de posições após o crash aumentou a percepção de risco. Isso mantém os investidores mais cautelosos, especialmente com altcoins de menor capitalização, que são mais voláteis em períodos de menor liquidez.

Jorge Souto, gestor do TC, lembra que eventos de liquidação tão intensos exigem um período de assimilação pelo mercado. Ele aponta que, historicamente, quedas expressivas de juros em aberto demandam de dois a três meses para serem digeridas, com o Bitcoin frequentemente apresentando valorização nos três a seis meses subsequentes ao crash.

Níveis de Suporte e Risco de Correção Acelerada

Analistas da consultoria Vault Capital alertam que o fechamento do Bitcoin abaixo do suporte de US$ 107 mil abriu caminho para quedas em direção à faixa de US$ 103 mil a US$ 104 mil. O risco atual é de uma continuidade das correções, com o ativo podendo atingir níveis ainda mais baixos, na casa dos US$ 100 mil e até US$ 98.500.

“No momento, os compradores precisam defender com consistência a região atual, que atua como suporte de curto prazo. A perda dessa faixa aumentaria o risco de aceleração da correção”, ressaltam em relatório. A expectativa é de que o mercado precise de tempo para se recuperar e reajustar suas expectativas para o futuro do Bitcoin e outras criptomoedas.

Para acompanhar as tendências do mercado financeiro e as notícias sobre criptomoedas, fique atento às atualizações em aeconomia.news.

Fonte: Valor Econômico

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