O bitcoin (BTC) opera em leve alta, mas ainda demonstra dificuldade em renovar sua máxima histórica, atingida no início da semana em US$ 126 mil. Após o Recorde, a principal criptomoeda do mercado passou por uma correção até US$ 121 mil.
Atualmente, o BTC valoriza 0,7% em 24 horas, negociado a US$ 123.475, segundo dados do CoinGecko. Em reais, a cotação é de R$ 659.607, conforme o Cointrader Monitor.
Entre as altcoins, o ether (ETH), criptomoeda da rede Ethereum, recua 1,6% para US$ 4.404. O XRP, token da Ripple, cai 1,5% a US$ 2,83. Já a solana (SOL) avança 1,7%, negociada a US$ 225,84, e o BNB (token da Binance Smart Chain) perde 1,6%, cotado a US$ 1.284.
O Valor de mercado total das criptomoedas no mundo está avaliado em US$ 4,29 trilhões.
Contexto Macroeconômico e Juros nos EUA
O analista de criptoativos Beto Fernandes destaca que a ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) dos Estados Unidos revelou a ausência de consenso sobre os próximos cortes de juros. Contudo, a inflação deixou de ser o foco principal, com o mercado de trabalho enfraquecido ganhando maior atenção.
“Considerando os dados recentes do Relatório de Emprego dos EUA e os pedidos de seguro-desemprego, o mercado interpreta que os juros serão de fato reduzidos no final deste mês”, avalia Fernandes.
A expectativa de cortes nas taxas de juros americanas tende a diminuir a rentabilidade da renda fixa e aumentar a liquidez global, o que historicamente beneficia ativos de risco, como as criptomoedas.
Análise de Curto Prazo e Fluxo em ETFs
André Franco, CEO da Boost Research, classifica a perspectiva de curto prazo para o bitcoin como neutra a levemente positiva. Ele ressalta que a narrativa da Inteligência Artificial e o apetite por risco em tecnologia sustentam o BTC. No entanto, um dólar forte e a precificação das expectativas de cortes de juros podem limitar o potencial de altas expressivas.
Os ETFs de bitcoin à vista negociados nas bolsas americanas registraram ontem um fluxo líquido positivo de US$ 440,7 milhões, marcando o oitavo pregão consecutivo de entradas. O fundo IBIT, da BlackRock, liderou esse movimento, com um saldo comprador de US$ 426,2 milhões.
Os ETFs de ether também apresentaram fluxo positivo, com entradas de US$ 69,1 milhões, totalizando oito dias seguidos de saldo comprador. O fundo ETHA, também da BlackRock, foi o mais procurado, com US$ 148,9 milhões.
Fonte: Valor Econômico