Bilionários do J.P. Morgan trocam arte por times esportivos: veja o motivo

Bilionários do J.P. Morgan trocam arte por times esportivos. Entenda por que o setor se tornou uma classe de ativos preferida entre os ultra-ricos.
Gráfico mostrando o aumento do interesse de bilionários do J.P. Morgan em times esportivos, superando arte. Gráfico mostrando o aumento do interesse de bilionários do J.P. Morgan em times esportivos, superando arte.

Clientes bilionários do J.P. Morgan Chase & Co. estão intensificando seus investimentos em times esportivos, impulsionados pela valorização desses ativos e pela consolidação como uma classe de investimento promissora. Segundo um relatório divulgado pelo banco, cerca de 20% das 111 famílias bilionárias atendidas pelo gigante de Wall Street detêm participações majoritárias em equipes, um salto significativo em relação aos 6% registrados há três anos.

Esporte como Nova Classe de Ativos

A pesquisa do J.P. Morgan, que abrangeu famílias com patrimônio líquido combinado superior a US$ 500 bilhões, revelou que aproximadamente um terço dos entrevistados investiu de forma mais ampla em times ou estádios esportivos. Esses investimentos se tornaram a principal classe de ativos especializada para muitos, superando até mesmo obras de arte e Carros de luxo.

“O esporte se tornou mais do que apenas um investimento por paixão”, afirmou Andy Cohen, presidente executivo do banco privado global do J.P. Morgan e autor do relatório. “Tornou-se uma parte real do portfólio.”

Famílias bilionárias investindo em times esportivos, de acordo com J.P. Morgan.
Investimento em esportes ganha força entre os ultra-ricos.

Valorização Impulsionada por Mídia e Private Equity

Gestoras de ativos multibilionárias como a Apollo Global Management Inc. e a Ares Management Corp. também estão direcionando capital para o setor esportivo. A valorização expressiva das equipes é impulsionada, em grande parte, pelos altos índices de audiência televisiva, que garantem fluxos de Receita atraentes.

Proprietários de times da NBA e da nfl têm demonstrado maior abertura a empresas de private equity nos últimos anos, o que tem contribuído para a elevação das avaliações.

Exemplos recentes incluem a aprovação da compra do Los Angeles Lakers por US$ 10 bilhões, superando o recorde anterior de US$ 6,1 bilhões do Boston Celtics. Na NFL, uma participação de 10% no New York Giants foi vendida por US$ 10,3 bilhões para Julia Koch e a família Koch, estabelecendo um novo marco histórico no valor de equipes esportivas.

Mercado Global e Crescimento de Oportunidades

Embora os Estados Unidos sejam o mercado dominante para investimentos esportivos, Andy Cohen ressalta que a oferta de oportunidades está em expansão globalmente. Indivíduos ricos como o magnata da indústria de munições Michal Strnad, que adquiriu uma participação majoritária no clube tcheco FC Viktoria Plzen, e o industrial britânico Jim Ratcliffe, com controle das operações de futebol do Manchester United Plc, demonstram o alcance internacional desse interesse.

A diversificação geográfica desses investimentos sugere uma maturidade crescente do mercado, atraindo capital e expertise de diferentes regiões.

Intensificação em Investimentos Privados

Paralelamente ao crescimento dos investimentos esportivos, as famílias bilionárias também estão intensificando sua participação no mercado privado. Com empresas evitando abrir capital por períodos mais longos, investidores buscam ativos alternativos em meio a um cenário de escassez de liquidez e custos de empréstimo mais elevados.

Quase 70% dos sócios entrevistados pelo J.P. Morgan preferem papéis mais ativos em investimentos privados, como a ocupação de assentos em conselhos administrativos, um aumento notável em relação aos 43% de três anos atrás. Muitos desses indivíduos continuam gerindo os negócios originais de suas famílias, demonstrando um compromisso contínuo com o crescimento e a diversificação de seus portfólios.

“Eles estão dobrando a aposta” em investimentos privados, conclui Cohen. “Eles não estão diminuindo o ritmo.” Essa estratégia reflete uma busca por retornos diferenciados e controle sobre os ativos, em linha com a dinâmica atual dos mercados globais.

Fonte: Valor Econômico

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