Bilionários dos EUA: Riqueza cresce US$ 698 bi, agravando desigualdade social

Bilionários dos EUA enriqueceram US$ 698 bilhões em 2025, ampliando a desigualdade social. Relatório da Oxfam expõe o cenário. Saiba mais.
Bilionários EUA desigualdade social — foto ilustrativa Bilionários EUA desigualdade social — foto ilustrativa

Enquanto a população americana enfrenta dificuldades com cortes em programas sociais, aumento dos Custos de moradia e demissões, os ultrarricos nos Estados Unidos experimentam um crescimento de riqueza sem precedentes. Há projeções de que possamos ter o primeiro trilionário em breve: Elon Musk.

Um novo relatório da Oxfam, organização global de combate à desigualdade e pobreza, revela que os 10 bilionários mais ricos dos EUA acumularam US$ 698 bilhões em patrimônio líquido no último ano. A maior parte desse grupo é composta por líderes do setor de tecnologia, impulsionados pela corrida da Inteligência Artificial (IA).

Gráfico de crescimento de riqueza dos bilionários americanos
Crescimento expressivo da fortuna dos 10 bilionários mais ricos dos EUA.

Entre os nomes de destaque estão Larry Ellison (Oracle), Jeff Bezos (Amazon), Larry Page e Sergey Brin (Google), Mark Zuckerberg (Meta), Jensen Huang (Nvidia), Steve Ballmer (ex-Microsoft) e Michael Dell (Dell).

Aumento da Riqueza e Desigualdade

Em média, cada um dos 10 mais ricos dos EUA viu seu patrimônio crescer em US$ 69,8 bilhões no último ano. Esse valor é aproximadamente 833.631 vezes maior do que a renda anual de uma família americana típica, que foi de cerca de US$ 83.730, segundo dados do Censo dos Estados Unidos.

Famílias Americanas em Situação de Vulnerabilidade

Paralelamente, o relatório da Oxfam aponta que mais de 40% da população dos EUA, incluindo quase metade das Crianças, é considerada pobre ou de baixa renda. A desigualdade de renda tem se agravado significativamente nas últimas décadas: entre 1989 e 2022, famílias no 1% mais rico viram sua riqueza aumentar 101 vezes mais do que a família média.

Atualmente, os 0,1% mais ricos detêm 12,6% dos ativos e 24% do Mercado de ações, enquanto os 50% mais pobres possuem apenas 1,1% da bolsa de valores.

Impacto Desproporcional em Mulheres e Minorias

A disparidade afeta desproporcionalmente mulheres, negros e hispânicos/latinos. A renda média de famílias chefiadas por homens cresceu quatro vezes mais que a de famílias chefiadas por mulheres. Famílias brancas viram sua renda crescer 7,2 vezes mais do que famílias negras e 6,7 vezes mais que famílias hispânicas/latinas. Apesar de representarem um terço da população, esses grupos detêm apenas 5,8% da riqueza do país.

O Retorno da Era Dourada e Políticas Tributárias

O relatório compara a situação atual com a Era Dourada, alertando que os 0,0001% mais ricos controlam uma fatia da riqueza maior do que na época. As políticas do governo Trump, como a reforma tributária de 2017, são apontadas como aceleradoras dessa tendência. Estima-se que essa lei tenha reduzido os custos tributários dos ultrarricos em US$ 311 mil até 2027, enquanto os mais pobres podem ter um aumento na carga tributária.

Os EUA ocupam a penúltima posição entre as maiores economias da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) no uso de seu sistema tributário e de transferência para combater a desigualdade, apresentando também a maior taxa de pobreza relativa.

Perspectivas Econômicas e Recessão Iminente

O economista-chefe da Moody’s, Mark Zandi, descreveu a situação para famílias de baixa renda como precária, com poucos empregos de alto salário e aumento de demissões. A entrada em recessão é uma preocupação crescente, com 22 estados americanos já mostrando contração econômica. Caso as demissões aumentem, famílias de renda média-baixa, já endividadas, enfrentarão dificuldades severas.

O conteúdo foi traduzido com auxílio de IA e revisado pela equipe editorial do Estadão. Saiba mais sobre a Política de IA: Política de IA.

Fonte: Estadão

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