Bessent critica Fed: ‘Preso ao passado’; Trump busca novo presidente

O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, criticou o Federal Reserve (Fed), afirmando que o banco central está “preso ao passado” e necessita de uma reformulação completa em sua Liderança. A declaração surge após o Fed anunciar um corte de 0,25 ponto percentual na taxa de juros, mas com comentários que geram dúvidas sobre futuros cortes.

Críticas à condução do Fed

Bessent, em Entrevista ao Fox Business Channel, elogiou a decisão de cortar os juros, mas destacou que a linguagem utilizada pelo Fed nas declarações pós-reunião indica um problema mais profundo. “Suas estimativas de inflação têm sido terríveis até agora neste ano”, afirmou, questionando a eficácia dos modelos do banco central.

Ele expressou incompreensão sobre a sinalização de que não haverá corte de juros em dezembro, citando estimativas de Produto Interno Bruto (PIB) e inflação que considera “consistentemente erradas”.

Busca por novo presidente do Fed

O objetivo, segundo Bessent, é encontrar um novo líder para o banco central dos EUA que possa “reformular toda a instituição em termos de processo e funcionamento interno”. O secretário confirmou que realizará uma segunda Rodada de entrevistas com candidatos para substituir o atual presidente do Fed, Jerome Powell, no início de dezembro. A expectativa é que o presidente Donald Trump escolha o substituto até o Natal.

Contexto da Decisão do Fed

Na quarta-feira, o Fed cortou a taxa de juros em 0,25 ponto percentual, uma medida esperada para atenuar o enfraquecimento do mercado de trabalho. No entanto, o comunicado oficial incluiu referências à Falta de dados oficiais do governo federal, que está paralisado. Powell mencionou que as autoridades podem se tornar mais cautelosas caso a ausência de relatórios sobre emprego e inflação continue.

A decisão do Fed e as declarações de Scott Bessent geram expectativas sobre os próximos passos da política monetária nos Estados Unidos e a possível mudança de rumo na instituição sob uma nova liderança indicada por Donald Trump. A estabilidade econômica e as projeções de inflação no país continuam no radar dos analistas de mercado.

Fonte: Valor Econômico