O Banco Central (BC) anunciou nesta quarta-feira o lançamento de novas Estatísticas detalhadas sobre pagamentos na economia, categorizadas por atividade econômica. Inicialmente, a série histórica, que se estende desde novembro de 2020, abrange exclusivamente as operações realizadas via Pix.
Dados Detalhados do Pix
Esta nova estatística se distingue de outras métricas de meios de pagamento por excluir transações entre contas de mesma titularidade, devoluções e operações destinadas a saque ou troco. O volume financeiro mais recente, referente a setembro deste ano, atingiu o pico de R$ 1,7 trilhão. A iniciativa visa fornecer um panorama mais preciso dos fluxos financeiros entre os diversos setores da economia.
Expansão Futura dos Dados
Renato Baldini, chefe-adjunto do departamento de estatísticas do BC, explicou que as informações mensais atualmente compilam dados de 22 setores de atividade econômica, além de transações entre pessoas físicas. O plano do Banco Central é expandir essa cobertura ao longo de 2026, incorporando outros meios de pagamento relevantes, como cartões de débito, crédito, TED, boleto, cheques e Transferências interbancárias. O objetivo é cobrir a totalidade dos instrumentos de pagamento disponíveis entre os diferentes setores econômicos.
Impacto e Análise
A introdução dessas estatísticas é um marco para a análise econômica e de mercados. Ao detalhar os pagamentos por setor, o BC oferece ferramentas valiosas para economistas, analistas e empresas entenderem o comportamento do consumo e das transações em diferentes segmentos da economia brasileira. A capacidade de rastrear fluxos financeiros por atividade econômica pode auxiliar na formulação de políticas monetárias mais precisas e na identificação de tendências setoriais emergentes.
A granularidade dos dados, focando inicialmente no Pix, um dos meios de pagamento mais utilizados no país, já proporciona uma base sólida para estudos. A expectativa é que a inclusão de outros meios de pagamento torne essa estatística uma referência indispensável para o monitoramento da economia brasileira.
Fonte: Valor Econômico