BBAS3: Ação do Banco do Brasil cai com possível empréstimo aos Correios

Ação do Banco do Brasil (BBAS3) cai 1,84% com especulações de empréstimo de R$ 20 bi aos Correios. Entenda o impacto no setor.
BBAS3 — foto ilustrativa BBAS3 — foto ilustrativa

As ações do Banco do Brasil (BBAS3) encerraram a sessão da última quarta-feira (15) com uma queda de 1,84%, cotadas a R$ 20,32. Este desempenho destoou do setor bancário, que apresentou ganhos.

A pressão sobre os papéis do BBAS3 surgiu em meio a indícios de que a instituição financeira pública, juntamente com a Caixa Econômica Federal, poderá ser acionada para fornecer suporte financeiro à grave crise enfrentada pelos Correios. A empresa estatal está em processo de reestruturação sob a gestão do atual Governo.

Desempenho Setorial e Notícia dos Correios

Em contraste com a queda do Banco do Brasil, outros grandes bancos registraram valorização. Bradesco (BBDC3 e BBDC4) avançou mais de 1%, enquanto Santander (SANB11) fechou com alta de 1,75%. O Itaú (ITUB4) permaneceu estável na mesma sessão.

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Os Correios anunciaram, na mesma quarta-feira, a intenção de realizar uma operação de crédito no valor de R$ 20 bilhões. O objetivo é cobrir as necessidades de caixa projetadas para os anos de 2025 e 2026, conforme comunicado oficial da empresa.

Prédio dos Correios no Brasil
Edifício sede dos Correios em Brasília.

Plano de Reestruturação dos Correios

Esta operação de crédito faz parte de um plano mais amplo de reestruturação da estatal. O plano engloba três frentes principais: redução de despesas operacionais e administrativas; busca por diversificação de receitas para recuperar a capacidade de geração de caixa; e a recuperação da liquidez da empresa.

Segundo a nota divulgada pela estatal, a captação de recursos se insere no terceiro pilar, focado em liquidez. O modelo de financiamento proposto prevê a formação de um consórcio entre diversos bancos para viabilizar a operação.

Análise de Mercado e o Papel das Instituições Públicas

A notícia de um possível aporte financeiro aos Correios pode gerar preocupações sobre a saúde financeira do Banco do Brasil e sua capacidade de manter a rentabilidade, especialmente se o empréstimo for concedido em condições desfavoráveis. Esse tipo de intervenção estatal, embora vise a estabilidade de serviços públicos, pode afetar a percepção de risco dos investidores em relação aos bancos públicos. A análise de especialistas em mercados sugere que a gestão de passivos e a geração de valor para o acionista são cruciais para a sustentabilidade das empresas de capital aberto, mesmo quando há participação majoritária do Estado.

Fonte: InfoMoney

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