O primeiro-ministro da Austrália apresentará as vastas reservas de recursos de seu país como uma solução para as restrições da China a minerais raros em um encontro com o presidente Donald Trump. A iniciativa ocorre enquanto os EUA e outras nações buscam diversificar o fornecimento de minerais críticos.
Anthony Albanese se reunirá com Trump em Washington, com o objetivo de firmar um acordo sobre minerais críticos. O encontro também servirá para buscar garantias sobre o compromisso da administração Trump com o pacto de segurança Aukus, que prevê o fornecimento de submarinos nucleares australianos pelos Estados Unidos.
Oportunidade de Minerais Críticos
A Austrália possui um dos maiores depósitos mundiais de minerais essenciais para tecnologias modernas, incluindo terras raras, lítio e cobalto. A dependência global da China para o processamento e fornecimento desses materiais tem gerado preocupações estratégicas, impulsionando a busca por alternativas.
Albanese pretende destacar a capacidade australiana de suprir a demanda crescente, especialmente em setores como Defesa, energia renovável e eletrônicos. A colaboração com os Estados Unidos é vista como fundamental para estabelecer cadeias de suprimentos mais resilientes e seguras, reduzindo a vulnerabilidade a interrupções e barreiras comerciais impostas por países como a China.
Aukus e Segurança Estratégica
Além da questão dos minerais, a reunião abordará o pacto Aukus entre Austrália, Reino Unido e Estados Unidos. O acordo, que visa fortalecer a capacidade de Defesa da Austrália no Indo-Pacífico, inclui o fornecimento de tecnologia de submarinos nucleares pelos EUA. A confirmação do compromisso americano com este projeto é uma prioridade para o governo australiano, que vê o pacto como um pilar de sua segurança nacional.
A Parceria estratégica sob o Aukus também pode abrir portas para uma cooperação mais ampla na indústria de minerais críticos, alinhando interesses de segurança e econômicos entre os três países. A diversificação das fontes de minerais raros é vista como um componente vital para a segurança nacional e a capacidade tecnológica dos aliados ocidentais diante de um cenário geopolítico em constante mudança.
Fonte: Bloomberg