A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou que o deputado Arthur Lira, ex-presidente da Câmara dos Deputados, a procurou para reforçar seu compromisso com a base aliada do Governo. Segundo Gleisi, Lira declarou que “integra a base e quer ajudar” a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Reafirmação de Apoio Político
Em declarações à CNN, a ministra negou que o encontro com Lira tenha tido como objetivo a negociação pela manutenção de indicados políticos em cargos estratégicos. A declaração surge em um contexto de movimentações governamentais que envolvem a Demissão de apadrinhados de parlamentares que votaram contra a Medida Provisória (MP) que alterava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Gleisi Hoffmann assegurou que Carlos Vieira, presidente da Caixa Econômica Federal e indicado em 2023 quando Lira ocupava a presidência da Câmara, permanecerá no cargo. “Lira não veio negociar comigo em nome de nenhum partido ou conjunto de partidos. Ele veio conversar sobre a situação dele no governo, reafirmar que integra a base e que quer ajudar, mas não veio para negociar não”, explicou a ministra.
Reorganização da Base Aliada
A ministra havia adiantado ao jornal O Estado de S. Paulo, na véspera, que a Demissão de indicados por deputados que se posicionaram contrariamente à MP 1303 visava a “reorganizar a base”. Gleisi ressaltou que a decisão presidencial “não é partidária” e que “quem votou contra optou por sair do governo”. O objetivo é identificar “com quem podemos contar, quem realmente está com o governo”.
Essa estratégia, impulsionada pelo presidente Lula, visa fortalecer a articulação política em vista das eleições de 2026 e consolidar o apoio ao seu governo.
Cargos Afetados pela Reorganização
Até o momento, a reconfiguração afetou indicados de partidos como PP, União Brasil, PSD, MDB e PL. As posições em bancos públicos, como a Caixa Econômica Federal, e em estatais como os Correios e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) foram reavaliadas.
Além disso, cortes foram realizados em superintendências regionais do Ministério da Agricultura, na Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e em unidades do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
Fonte: InfoMoney