Argentina: Peso se fortalece após vitória de Milei; BC avalia recompor reservas

Peso argentino se fortalece após vitória eleitoral de Javier Milei. O Banco Central da Argentina avalia estratégicas para recompor as reservas cambiais do país.
Argentina peso alívio cambial — foto ilustrativa Argentina peso alívio cambial — foto ilustrativa

Após semanas de alta tensão no mercado cambial, o peso argentino experimentou um alívio significativo no dia seguinte à Vitória eleitoral de Javier Milei e seu partido La Libertad Avanza (LLA) nas eleições legislativas. A divisa, que havia testado a cotação de 1.500 pesos no mercado atacadista, recuperou terreno, gerando debate entre especialistas sobre a estratégia do Banco Central para recompor suas reservas internacionais.

O dólar atacadista encerrou o dia cotado a 1.435 pesos, uma queda de 3,8% em relação ao fechamento de sexta-feira. Durante o pregão, a desvalorização chegou a atingir 9,5%. O volume negociado no Mercado à vista diminuiu consideravelmente, totalizando US$ 405,4 milhões, segundo informações do InfoBAE, quase metade do volume negociado nas semanas anteriores.

No varejo, o dólar do Banco Nación fechou em 1.460 pesos para venda, registrando uma queda de 3,6%, embora tenha apresentado recuo de 9,6% no decorrer do dia. Paralelamente, o chamado “dólar blue”, referência do mercado paralelo, também sofreu desvalorização, fechando em 1.465 pesos na venda, após ter operado acima dos 1.500 pesos na maior parte da semana passada.

A volatilidade observada foi atribuída por consultorias a uma reação exagerada do mercado, que só seria contida com uma intervenção ativa do Governo na compra de dólares para estabelecer um piso para a taxa de câmbio. Damián Vlassich, líder da equipe de Estratégia de Investimento da IOL Inversiones, destacou em declarações ao jornal La Nación que a decisão do governo sobre intervir ou permitir a queda contínua do dólar “marcará o campo” nas próximas sessões, considerando a esperada oferta de moeda estrangeira.

A empresa Delphos, citada pelo jornal Clarín, comentou que a taxa de câmbio deve voltar a operar dentro das bandas estabelecidas pelo Banco Central, alertando para o risco de volatilidade inicial devido ao excesso de posições de hedge adquiridas por operadores nos últimos dias. A atuação do Banco Central será crucial para estabilizar a moeda e iniciar a recomposição das reservas internacionais, um dos principais desafios econômicos do país.

Fonte: InfoMoney

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