Álvaro Augusto Vidigal, fundador do Banco Paulista em 1990 e da Sociedade Corretora Paulista (Socopa) em 1967, concretizou a transferência do controle da instituição bancária para seu filho, Álvaro Augusto de Freitas Vidigal, conhecido no mercado como Guti. Aos 78 anos, Vidigal expressou que a manobra visa garantir a perenidade do legado e a continuidade institucional, primordialmente através do planejamento sucessório familiar, mantendo a cultura corporativa, a governança e a Disciplina prudencial do banco.
Em Nota Oficial, o Banco Paulista destacou que o novo controlador possui uma trajetória notória no mercado financeiro e alinhamento completo com a história da instituição. Isso, segundo a comunicação, assegura uma transição organizada e coerente com a estratégia vigente, sem interrupções na gestão dos negócios, no relacionamento com clientes, parceiros e colaboradores.
Planejamento Sucessório e Continuidade Institucional
A instituição financeira ressaltou que o objetivo é dar seguimento às iniciativas de transformação digital e aprimoramento de processos. A meta é consolidar sua posição competitiva, expandir o alcance de suas soluções e manter um crescimento sustentável e de longo prazo. A família Vidigal detém 97,48% do capital votante do Banco Paulista. Os 2,52% remanescentes pertencem aos herdeiros de Homero Amaral Júnior. Álvaro Vidigal, o fundador, possui um histórico relevante no setor, tendo sido presidente da Banespa Corretora e da antiga Bovespa, além de vice-presidente da Associação Brasileira de Bancos (ABBC).
Contexto Financeiro e Histórico do Banco Paulista
O Banco Paulista registrou um prejuízo de R$ 6,083 milhões no primeiro semestre deste ano. Atualmente, o banco detém R$ 1,705 bilhão em ativos, com uma carteira de crédito avaliada em R$ 996,2 milhões. Historicamente forte em operações de câmbio, o banco reduziu essa atuação após a operação Lava Jato, concentrando-se em crédito para empresas de médio porte. Em 2020, a Socopa foi desmembrada do Banco Paulista, mudando sua denominação para Singulare. Em 2021, sua plataforma de varejo foi vendida para a XP, passando a atuar apenas com administração e custódia, sendo posteriormente adquirida pela QI Tech em 2023.
Fonte: Valor Econômico