O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem promovido mudanças significativas em seu terceiro mandato, removendo aliados estratégicos da gestão. Essas substituições visam aprimorar o desempenho do governo, atender a conveniências políticas, buscar maior apoio no Congresso ou lidar com questões de performance dos auxiliares. A recente Demissão de Márcio Macêdo da Secretaria-Geral da Presidência se soma a uma lista de figuras próximas a Lula que deixaram o governo por decisão presidencial.


Guilherme Boulos assume Secretaria-Geral da Presidência
O deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP) foi nomeado para a Secretaria-Geral da Presidência, um ministério considerado estratégico no Planalto. Boulos substitui Márcio Macêdo em um momento de preparação para as eleições de 2026. A nomeação de Boulos reflete a busca por novas alianças e a reconfiguração política do Governo.
Lula critica juros e defende política monetária mais equilibrada
Em paralelo às mudanças ministeriais, Lula também expressou sua visão sobre a política monetária, defendendo a redução dos juros. O presidente afirmou desejar que os banqueiros prosperem, mas com taxas de juros consideradas justas para a população. Essa postura sinaliza uma busca por uma economia mais equilibrada e menos onerosa para os cidadãos.
Márcio Macêdo: Desgaste e substituição no cargo
O ministro Márcio Macêdo deixou a Secretaria de Governo após um período de desgaste no cargo. Fontes indicam que Lula vinha expressando Críticas à capacidade de mobilização dos movimentos sociais, especialmente desde 1º de maio de 2024. A pasta, cobiçada por diferentes alas do PT, acabou sendo ocupada por Guilherme Boulos. O cargo era considerado um ponto de conexão importante entre o governo e os movimentos sociais.

Paulo Pimenta: Saída da Secom e retorno à Câmara
O ex-ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, deixou um dos postos mais estratégicos do governo. Sua saída ocorreu devido a questões de comunicação interna, conflitos e o desejo do presidente por um profissional com perfil de marqueteiro. Pimenta foi substituído por Sidônio Palmeira. O deputado federal pelo Rio Grande do Sul retornou à Câmara dos Deputados, onde atualmente lidera a bancada do governo na CPI do INSS.
Nísia Trindade: Insatisfação com a Saúde e retorno à Fiocruz
A ministra Nísia Trindade deixou o Ministério da Saúde em fevereiro, reflexo da insatisfação de Lula com os resultados da pasta, especialmente no programa de atendimento a especialistas médicos. Alexandre Padilha assumiu a pasta em seu lugar. Nísia Trindade retornou à presidência da Fiocruz, onde atua como pesquisadora, retornando à sua área de origem.
Carlos Lupi: Escândalo e busca por reaproximação
O presidente do PDT, Carlos Lupi, um aliado histórico de Lula, foi afastado do cargo em meio a um escândalo envolvendo descontos indevidos do INSS. Apesar da Demissão, Lupi mantém seu compromisso de apoiar Lula em 2026 e busca uma reaproximação com o Planalto. Seu substituto foi Wolney Queiroz, que atuava como secretário-executivo.
José Chrispiniano: Saída da Assessoria de Imprensa
José Chrispiniano, assessor de imprensa de Lula desde 2011 e Secretário de Imprensa da Presidência até o início de 2025, também deixou o cargo. Considerado um nome de Confiança do presidente, sua saída ocorreu junto com a de Paulo Pimenta. Chrispiniano foi substituído pelo jornalista Laercio Portela.

Fonte: InfoMoney