Alexandre Silveira: COP30, petróleo, terras raras e energia limpa no foco

Ministro Alexandre Silveira detalha pautas do Brasil na COP30: petróleo na Foz do Amazonas, energia limpa e terras raras. Negociações com EUA também em foco.
Alexandre Silveira COP30 — foto ilustrativa Alexandre Silveira COP30 — foto ilustrativa

O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, detalhou as prioridades do Brasil na COP30, que ocorrerá em Belém (PA). Entre os pontos de destaque na agenda internacional estão a aprovação da exploração de petróleo na Foz do Amazonas e as negociações para garantir o suprimento de energia limpa. O ministro também abordou a posição brasileira em discussões sobre minerais estratégicos como as terras raras, nas quais o país figura como o segundo maior produtor mundial, atrás apenas da China.

Brasil busca fim de tarifas com os Estados Unidos

Silveira mencionou as negociações em andamento com os Estados Unidos visando o fim das tarifas sobre produtos brasileiros. Essas discussões foram iniciadas durante o encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-presidente Donald Trump, realizado na Ásia em setembro.

Um dos interesses americanos reside nos minerais de terras raras, essenciais para diversas tecnologias modernas. O Brasil possui vastas reservas, posicionando-se como um player global nesse mercado, atrás apenas da China.

COP30: Fundo Florestas Tropicais e transição energética em pauta

A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) já registra avanços antes mesmo de seu início oficial. Novos países confirmaram investimentos no Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), uma iniciativa que visa remunerar nações pela conservação de suas florestas tropicais. A Noruega anunciou um aporte significativo de US$ 3 bilhões, elevando o total prometido para o fundo a US$ 5,5 bilhões.

O formato da conferência deste ano busca otimizar o tempo das negociações. Diferente de edições anteriores em Glasgow e Dubai, os líderes se reunirão antes da abertura formal. Essa estratégia visa permitir que os negociadores tenham mais tempo para debater e tomar decisões sobre questões climáticas complexas.

O segundo dia da Cúpula de Líderes da COP30 deve focar na transição energética e celebrar os 10 anos do Acordo de Paris. A presidência da COP30 lançou um plano ambicioso, com potencial de investimentos anuais de US$ 1,3 trilhão, para apoiar países na luta contra a crise climática. Este plano inclui medidas como uma ‘taxa’ sobre grandes fortunas e atividades poluidoras, como a aviação de luxo, com o objetivo de impulsionar ações ambientais globais.

Desafios e Oportunidades do Setor de Minas e Energia

O Ministro Alexandre Silveira também abordou a importância de garantir a segurança energética para eventos de grande porte, como a COP30, citando ameaças a subestações de energia. A discussão sobre a exploração de petróleo na Foz do Amazonas, embora controversa, é vista pelo governo como uma oportunidade de desenvolvimento econômico, desde que acompanhada de rigorosos padrões ambientais. A busca por energia limpa e renovável é um pilar da política energética brasileira, alinhada com os objetivos globais de sustentabilidade.

O ministro destacou a necessidade de o Brasil se posicionar estrategicamente no mercado global de minerais, especialmente as terras raras, cujas reservas podem ser um trunfo em negociações internacionais e no desenvolvimento de novas tecnologias. A política externa brasileira busca equilibrar o desenvolvimento econômico com a responsabilidade ambiental, um tema central nas discussões da COP30.

Fonte: G1

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