O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), comunicou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sua preferência pelo senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para a vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), em Substituição a Luís Roberto Barroso. O encontro ocorreu na noite de segunda-feira (21) no Palácio da Alvorada.
A informação foi confirmada pelo líder do Governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), que revelou ter organizado a conversa a pedido de Alcolumbre. Aliados do senador amapaense também endossam a reunião. O presidente do Senado, contudo, optou por não comentar o assunto através de sua assessoria.
Segundo Jaques Wagner, o presidente Lula declarou estar com a “convicção firmada” no nome de Jorge Messias, atual Advogado-Geral da União (AGU), para a indicação. “A fala do Alcolumbre foi só com a intenção de pedir a preferência dele [por Pacheco]”, ressaltou Wagner.
Presidente Lula viaja e adia decisão sobre indicado ao STF
O líder do governo no Senado informou que Lula viajará para a Ásia, com agendas na Indonésia e na Malásia, e deve anunciar o novo ministro do STF somente após seu retorno. Jaques Wagner acredita que Alcolumbre, em sua posição como presidente da Casa, está cumprindo seu papel ao defender Pacheco, mas não antecipa objeções à tramitação da indicação de Messias. “Não acho que ele vá segurar [a sabatina de Messias] ou algo desse tipo”, afirmou o senador.
Wagner defendeu publicamente o nome de Jorge Messias, minimizando potenciais resistências no Congresso. “O Messias não é um homem que afronta ninguém, não é um homem que traga atenção. É um cara que prestou serviço para mim, trabalhando no meu gabinete. Para a Dilma, acho que para o Mercadante. Ou seja, é uma pessoa conhecida inclusive lá no Supremo. E tem feito um trabalho que eu acho positivo”, declarou.
“Na minha opinião, o Alcolumbre está no papel dele, como presidente da Casa, de defender [o Pacheco]. Mas não acho que ele vá segurar [a sabatina da indicação de Messias] ou algo desse tipo.”
O senador também mencionou que o presidente Lula ainda pretende conversar com o senador mineiro Rodrigo Pacheco antes de oficializar qualquer nome para a Corte. A expectativa é que a decisão final seja comunicada após a volta do chefe do Executivo ao Brasil.
A indicação para o STF é um ponto crucial na agenda política do governo, e a escolha do novo ministro terá repercussões no equilíbrio de forças dentro da mais alta corte do país. A articulação em torno dos nomes reflete as negociações políticas em curso entre os poderes Executivo e Legislativo.
Fonte: Valor Econômico
