O governo brasileiro está intensificando esforços para negociar a Suspensão temporária da tarifa adicional de 40% imposta pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, que se soma aos 10% já existentes. O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, afirmou que “todo o trabalho está sendo feito” para alcançar esse objetivo enquanto as negociações comerciais prosseguem.
“Eu diria que avançou muito [a negociação]. O presidente Lula esteve com o presidente Trump em Nova York lá no encontro da ONU e esteve agora na Malásia no encontro da Asean eu acho que nós vamos ter bons desdobramentos para poder avançar mais”, declarou Alckmin após participar de uma cerimônia de entrega de casas do Minha Casa, Minha Vida em Bauru, interior de São Paulo.
Contexto da Negociação Comercial Brasil-EUA
Alckmin destacou que a relação comercial entre Brasil e Estados Unidos é favorável ao país norte-americano. Ele ressaltou que, das 20 maiores economias do mundo (G-20), apenas três registram superávit na balança comercial com os EUA: Reino Unido, Austrália e o próprio Brasil. Isso demonstra a força do mercado brasileiro para os americanos, segundo o vice-presidente.
Embora não haja uma data definida para novas conversas entre autoridades brasileiras e americanas, Alckmin demonstrou otimismo. “Não tem data marcada, mas eu acho que nós vamos avançar rápido”, previu, indicando a expectativa de uma resolução em breve.
Medidas de Apoio às Empresas Brasileiras
Diante da incerteza em relação à tarifa americana, o Governo brasileiro implementou um conjunto de medidas para mitigar os impactos sobre as empresas e preservar empregos. Entre as ações anunciadas, estão:
- Créditos no valor de R$ 40 bilhões com juros entre 6% e 9,5%.
- adiamento do pagamento de tributos até dezembro.
- Prorrogação do regime de drawback.
- Criação do Reintegra para empresas que sofreram perdas de exportação para os EUA.
Essas iniciativas visam oferecer um alívio financeiro e manter a competitividade das empresas brasileiras no mercado internacional, especialmente diante das barreiras tarifárias impostas pelos Estados Unidos.
Fonte: Estadão