O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, expressou otimismo neste domingo (12) sobre a possibilidade de o presidente americano Donald Trump aceitar o pedido do Brasil para suspender a tarifa extra de 40% sobre produtos brasileiros. A solicitação foi feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em conversa telefônica com Trump na semana passada.
“O pedido do presidente Lula para o presidente Trump foi que, enquanto negocia, suspenda os 40%. Esse foi o pleito. Aí temos um ganha-ganha. Há muita possibilidade de Parceria entre Brasil e EUA”, declarou Alckmin a jornalistas após participar de uma missa em Aparecida (SP). Ele ressaltou avanços recentes, como a isenção de tarifas para celulose e ferro-níquel, que representam 4% das exportações brasileiras, e a redução de tarifas para madeira serrada e móveis.
“O que nós precisamos é avançar mais depressa”, enfatizou Alckmin, indicando a urgência em destravar as relações comerciais entre os dois países. Há expectativa de um encontro presencial entre Lula e Trump na Malásia no final do mês, após um diálogo inicial na Assembleia Geral da ONU.
Indicação de Marco Rubio para Negociação
Alckmin também comentou a indicação do secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, para ser interlocutor na negociação com o Brasil, afirmando não ver empecilhos. “Não acredito (que o nome atrapalhe o diálogo). A orientação do presidente Trump foi muito clara: nós queremos fazer um diálogo e entendimento, e o Brasil sempre defendeu isso”, afirmou.
A nomeação de Rubio gerou apreensão no governo brasileiro, especialmente por suas Críticas ao ministro do STF Alexandre de Moraes e por seu envolvimento em anúncios da Lei Magnitsky contra o ministro. Rubio também já se reuniu com Eduardo Bolsonaro e fez comentários sobre a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Combate à Pobreza e Sair do Mapa da Fome
Em outro ponto, Alckmin destacou os avanços do Brasil no combate à pobreza, com a saída do país do Mapa da Fome da ONU. No entanto, ele ressaltou que a “tarefa nunca vai terminar” e que é fundamental avançar continuamente na melhoria da qualidade de vida da população.
Fonte: Estadão
