O presidente em exercício, Geraldo Alckmin, expressou descontentamento com a postura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) diante do recente tarifaço imposto pelos Estados Unidos. Alckmin ressaltou que a indústria paulista é uma das mais afetadas por essas tarifas, cobrando uma posição mais alinhada aos interesses nacionais.
“Primeiro, em relação ao tarifaço, lamento a postura do governador do Estado de São Paulo. O Estado de São Paulo é um dos principais prejudicados pelo tarifaço. Não é possível aplaudir o presidente dos Estados Unidos num momento como esse”, declarou Alckmin em entrevista ao portal ICL Notícias.
Reação de Tarcísio de Freitas ao Tarifaço
Inicialmente, após o anúncio das tarifas americanas, Tarcísio de Freitas havia atribuído a responsabilidade ao presidente Lula, sugerindo que ele não deveria se esconder atrás da figura do ex-presidente Jair Bolsonaro para justificar a medida. Contudo, diante da repercussão negativa, o governador de São Paulo ajustou sua narrativa, defendendo a necessidade de uma “união de esforços” para buscar soluções, pois o tarifaço prejudicaria o país como um todo.
Críticas a Eduardo Bolsonaro
Geraldo Alckmin, que está interinamente na Presidência, também direcionou Críticas à atuação do deputado federal Eduardo Bolsonaro. O parlamentar, que reside nos Estados Unidos, tem sido associado a ações que buscam sanções contra autoridades e instituições brasileiras. Alckmin lamentou a existência de um parlamentar, pago com recursos públicos, que estaria atuando contra os interesses econômicos do Brasil.
“Eu lamento que o Congresso Nacional tenha parlamentar pago com dinheiro público, fora do país, trabalhando contra o emprego no Brasil, contra as empresas no Brasil, tentando prejudicar a economia brasileira”, afirmou Alckmin.
Recentemente, o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados arquivou um pedido de cassação contra Eduardo Bolsonaro. O PT havia apresentado a representação, acusando o filho de Jair Bolsonaro de usar seu mandato para atacar instituições e influenciar autoridades estrangeiras a impor sanções econômicas ao Brasil. O pedido foi arquivado por 11 votos a sete, com o argumento de falta de justa causa.
Fonte: Valor Econômico