O Brasil se prepara para a COP-30, em Belém, com a agricultura regenerativa despontando como um tema central. Filipe Teixeira, diretor da Syngenta Brasil, destacou em conversa com o jornalista Eduardo Geraque, como iniciativas como o programa Reverte estão impulsionando a recuperação de áreas degradadas e posicionando o Cerrado como um modelo de sustentabilidade. O programa, desenvolvido em Parceria com a The Nature Conservancy e o Itaú BBA, visa transformar a paisagem brasileira.
O Programa Reverte e a Transformação do Cerrado
O programa Reverte é um exemplo prático de como a agricultura regenerativa pode ser aplicada em larga escala. Ele foca na recuperação de áreas degradadas, transformando solos empobrecidos em locais produtivos e ecologicamente equilibrados. A iniciativa demonstra o potencial do Brasil em liderar a transição para um modelo agrícola mais sustentável, alinhado com os objetivos climáticos globais.
Teixeira ressalta que essas práticas não apenas melhoram a saúde do solo e a biodiversidade, mas também aumentam a resiliência das lavouras frente às mudanças climáticas. A agricultura regenerativa promove o sequestro de carbono no solo, contribuindo para a mitigação do aquecimento global, um dos focos principais da COP-30.
Oportunidades para o Brasil na Transição Climática
A COP-30 representa uma vitrine crucial para o Brasil apresentar seus avanços em agricultura regenerativa. O país tem a oportunidade de consolidar sua imagem como líder em soluções sustentáveis, atraindo investimentos e parcerias internacionais. A adoção de práticas regenerativas pode gerar novos mercados e fortalecer a economia verde brasileira.
A Syngenta Brasil, por meio de programas como o Reverte, está na vanguarda dessa transformação, mostrando que é possível conciliar produtividade agrícola com preservação ambiental. A colaboração entre empresas, ONGs e instituições financeiras é fundamental para escalar essas iniciativas e garantir um futuro climático mais seguro para todos.
A Importância da Agricultura Regenerativa
A agricultura regenerativa vai além da sustentabilidade, focando na restauração de ecossistemas. Ela envolve práticas como plantio direto, rotação de culturas, uso de coberturas vegetais e redução mínima do solo, que aumentam a matéria orgânica, melhoram a infiltração de água e reduzem a erosão. A adoção dessas técnicas é vista como um passo crucial para garantir a segurança alimentar e hídrica no futuro, além de fortalecer a biodiversidade.
O impacto dessas práticas pode ser sentido não apenas no campo, mas em toda a cadeia produtiva e no consumidor final, que se beneficia de alimentos produzidos de forma mais responsável e saudável. A preparação do Brasil para a COP-30 com a bandeira da agricultura regenerativa sinaliza um compromisso com um futuro mais verde e próspero, alinhando os interesses econômicos aos desafios ambientais globais.
Fonte: Estadão