Agência de Mineração: Caso com menção a Pacheco enviado ao STF

Investigação sobre fraudes em licenças ambientais na mineração é enviada ao STF após menção a Rodrigo Pacheco. Caso envolve diretores da ANM e ex-PF.
Agência Nacional de Mineração — foto ilustrativa Agência Nacional de Mineração — foto ilustrativa

A investigação sobre suspeitas de fraudes em licenças ambientais para projetos de mineração em Minas Gerais foi encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão ocorreu após a menção ao nome do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) no inquérito conduzido pela Polícia Federal.

O caso, que corre em sigilo, foi remetido ao STF pelo juiz federal Pedro Felipe de Oliveira santos, do Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF-6). A inclusão do nome de Pacheco, que possui foro por prerrogativa de função, justifica o envio do processo para a mais alta corte do país, embora não o caracterize como alvo direto da apuração.

Fachada do Supremo Tribunal Federal (STF) em Brasília.
STF é a corte responsável por julgar casos envolvendo autoridades com foro privilegiado.

Operação Rejeito: Suspeitas de Organização Criminosa

A operação Rejeito, deflagrada em setembro, identificou funcionários públicos de alto escalão sob suspeita de integrarem uma organização criminosa. O objetivo principal da investigação é apurar fraudes em processos de Licenciamento ambiental para a exploração mineral.

Por meio de sua assessoria de imprensa, o senador Rodrigo Pacheco negou veementemente qualquer envolvimento em irregularidades. Ele declarou não poder comentar detalhes do caso, expressando estranhamento com o vazamento de informações e a menção de seu nome sem critério ou lastro probatório. Pacheco também afirmou desconhecer os motivos do envio do caso ao Supremo.

Fachada do prédio da Agência Nacional de Mineração (ANM).
Agência Nacional de Mineração (ANM) é uma das instituições sob escrutínio.

Diretores da ANM e Ex-Policial Federal Presos

Entre os indivíduos detidos pela Polícia Federal no âmbito da operação Rejeito estão Caio Mário Trivellato Seabra Filho, um dos diretores da Agência Nacional de Mineração (ANM), e Rodrigo Teixeira, ex-diretor da PF. Ambos foram indicados na gestão atual do Governo federal.

As investigações no Supremo deverão ficar sob a relatoria do ministro Dias Toffoli. Ele já tem experiência com processos relacionados a mineradoras que são alvos deste inquérito, tendo relatado casos anteriores semelhantes.

A investigação busca esclarecer como funcionava a suposta rede criminosa responsável por agilizar ou conceder licenças ambientais em troca de vantagens indevidas, impactando diretamente o setor de mineração e a legislação ambiental brasileira.

Fonte: Folha de S.Paulo

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