O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, anunciou que Washington e Pequim estão prestes a assinar um acordo comercial na próxima semana. O pacto visa restabelecer uma relação mais estável entre as duas maiores economias globais, abordando temas cruciais como comércio, combate ao fentanil e cooperação tecnológica.
O acordo inclui a Suspensão, por um ano, das restrições da “Entity List” do Departamento de Comércio dos EUA. Este mecanismo limita exportações de tecnologia americana para empresas consideradas de risco à segurança nacional, como a Huawei. Em contrapartida, a China pausará, pelo mesmo período, os controles sobre exportações de terras raras, componentes essenciais para semicondutores e outras tecnologias.
As tarifas punitivas da Seção 301 também foram suspensas. Os EUA reduziram pela metade as tarifas sobre produtos relacionados ao fentanil, após Pequim se comprometer a diminuir o fluxo de precursores químicos usados na fabricação da droga. Essa medida visa intensificar o combate ao tráfico e ao uso de substâncias ilícitas.
No setor agrícola, a China comprometeu-se a comprar 12 milhões de toneladas de soja americana ainda este ano. Nos próximos três anos, a expectativa é de que a compra anual alcance 25 milhões de toneladas, fortalecendo significativamente os laços bilaterais neste Mercado.
Em relação à energia, Bessent mencionou que o Japão planeja reduzir gradualmente sua dependência da energia russa. Projetos como o gasoduto do Alasca podem contar com a participação do Japão, Coreia do Sul e, possivelmente, da China, enquanto os EUA aceleram a retomada da geração nuclear. Esta diversificação energética busca maior segurança e estabilidade no fornecimento global.
Fonte: Estadão