Lula e Trump: Alckmin vê nova fase em acordo comercial Brasil-EUA

O presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), destacou que a reunião entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Donald Trump representou um ponto de virada nas relações entre Brasil e Estados Unidos, abrindo caminho para uma nova etapa no acordo comercial.

Alckmin afirmou que o diálogo entre os líderes foi crucial para destravar a pauta econômica e facilitar o entendimento entre as equipes técnicas dos dois países. “O passo político foi dado com brilho e louvor. Agora é hora de estabelecer uma pauta de trabalho objetiva”, declarou Alckmin em Coletiva de Imprensa em Brasília.

Avanço nas Discussões Comerciais

O ministro indicou que os próximos passos envolvem o aprofundamento das discussões sobre tarifas, tributação e investimentos, temas que ganharam ímpeto após o encontro presidencial. Alckmin reiterou a crítica às tarifas impostas pelos EUA sobre produtos brasileiros, classificando-as como desproporcionais. “Essas tarifas de 10% mais 40% são totalmente inadequadas. A tarifa média do Brasil para os Estados Unidos é de apenas 2,7%. Precisamos resolver isso rapidamente”, enfatizou.

Ele ressaltou que cerca de 34% dos US$ 40 bilhões exportados pelo Brasil para os Estados Unidos no último ano foram afetados pelas sobretaxas, impactando especialmente os setores industrial e do agronegócio. Apesar de não haver pedidos formais de Washington, Alckmin percebe um ambiente favorável para o diálogo comercial e a atração de novos investimentos, com destaque para energia renovável e data centers.

Oportunidades de Investimento e Cenário Internacional

“Essa iniciativa pode atrair capital estrangeiro, especialmente diante da escassez global de energia, o Brasil tem vantagem competitiva em fontes limpas”, destacou o ministro. Alckmin descreveu a aproximação entre Lula e Trump como “um gesto político que reposiciona o Brasil no cenário internacional”. Ele concluiu que “Agora começa uma fase importante para aprofundar os laços entre as duas maiores democracias do Ocidente”.

Fonte: InfoMoney