As ações do Banco do Brasil registraram queda nesta quarta-feira, estendendo as perdas do dia anterior. Segundo analistas, o movimento é influenciado pela notícia de que os Correios negociam um empréstimo de R$ 20 bilhões com um consórcio de bancos, incluindo o Banco do Brasil, para reforçar o caixa entre 2025 e 2026. A operação conta com a garantia do Tesouro Nacional.
Contexto da Operação e Impacto no Banco do Brasil
A declaração do presidente dos Correios, Emmanoel Rondon, sobre a negociação do empréstimo de R$ 20 bilhões ocorre em uma semana delicada para os papéis do banco. As prévias negativas divulgadas para o balanço financeiro, com apresentação marcada para 12 de novembro, também contribuem para a pressão nas ações. Por volta das 13h45, as ações ON do Banco do Brasil cediam 1,55%, cotadas a R$ 20,38, e chegaram a atingir a mínima intradiária de R$ 20,29. Em contrapartida, o Ibovespa avançava 0,52%, alcançando 142.421 pontos no mesmo horário.
Detalhes do Empréstimo e Aprovação
Emmanoel Rondon informou que os detalhes finais do empréstimo para os Correios ainda estão em definição e que a operação requer a aprovação do Conselho de Administração da estatal. A proposta foi submetida à análise do conselho nesta quarta-feira (15), com prazo para deliberação até sexta-feira da semana seguinte. Ontem, o jornal Folha de S.Paulo noticiou que o Governo de Luiz Inácio Lula da Silva estaria articulando junto ao Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e bancos privados a concessão deste Empréstimo para auxiliar os Correios.
Análise de Mercado e Preocupações com o Setor Público
O envolvimento do Banco do Brasil em operações de grande porte com estatais levanta questões sobre a exposição do banco a riscos relacionados ao setor público. A notícia do empréstimo, somada a outras potenciais intervenções ou apoios governamentais, pode gerar apreensão entre os investidores quanto à rentabilidade e à política de dividendos do banco estatal. Analistas de mercado observam atentamente o desdobramento dessas negociações, que podem influenciar o desempenho futuro das ações.
Fonte: Valor Econômico