Fachin: Judiciário deve focar no básico em tempos de crise global

Edson Fachin, presidente do STF, defende que o Judiciário se concentre no “básico”: institucionalidade, segurança jurídica e direitos humanos em tempos de crise.
Edson Fachin Judiciário — foto ilustrativa Edson Fachin Judiciário — foto ilustrativa

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, destacou a necessidade de o Poder Judiciário retornar às suas funções essenciais diante do atual cenário de crise global. Em evento promovido pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP) nesta terça-feira (21), Fachin enfatizou que o “básico” para o Judiciário envolve a Defesa da institucionalidade e da segurança jurídica substancial.

A defesa da institucionalidade e segurança jurídica

Segundo o ministro, em um contexto Internacional de desidratação do papel das cortes constitucionais e de questionamento da autoridade da Constituição e do direito, é imperativo que o Judiciário se concentre em seus pilares fundamentais. Ele ressaltou que o diálogo, pautado pela argumentação racional e pelo exercício de direitos e deveres, é crucial nesse processo.

“Em um cenário de crise global, em que o papel das cortes constitucionais parece se desidratar, em que a autoridade da Constituição, do direito e do poder Judiciário se mostra diluída e contestada, devemos nos voltar para o básico”, afirmou Fachin.

Proteção intransigente dos direitos humanos

Fachin também dedicou parte de seu discurso à defesa dos direitos humanos, defendendo que as Cortes Constitucionais assumam um papel de proteção “intransigente” nessa área. Ele buscou desconstruir a visão, ainda presente em alguns setores, de que a defesa dos direitos humanos seria uma agenda contrária ao Estado, à soberania nacional, ao desenvolvimento econômico, às liberdades e à estabilidade política.

“Isso significa, segundo ele, ‘abandonar a percepção ainda presente entre nós que entende que a Defesa dos direitos humanos seria uma agenda contra o Estado, contra a soberania nacional, antípoda ao desenvolvimento econômico, às liberdades e à estabilidade política’”, pontuou.

Fonte: Estadão

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