A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) deu um passo significativo para o futuro energético do Brasil ao aprovar a liberação de R$ 196,2 milhões para quatro projetos de hidrogênio de baixo carbono. Estes recursos provêm do Programa de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PDI) da agência, financiados pelos consumidores de energia.


Inicialmente, a discussão envolvia 13 projetos. No entanto, após análises e reavaliações ao longo dos últimos meses, o número foi consolidado em quatro propostas que iniciarão sua execução. A decisão, que vinha sendo debatida desde o fim de 2024, passou por pedidos de vista por parte dos diretores Sandoval Feitosa e, posteriormente, Fernando Mosna, antes da aprovação final.

Contexto e Redução de Investimentos
No ano anterior, a área técnica da Aneel havia emitido parecer favorável a 13 projetos, com projeção de investimentos na ordem de R$ 1,49 bilhão. Estes projetos visavam aplicação em setores industriais diversos como siderurgia, fertilizantes, alimentos, mobilidade e petroquímica. Do montante total, cerca de R$ 367 milhões seriam como contrapartida financeira das empresas, e o restante via recursos de PDI. A aprovação atual representa uma redução substancial no montante de recursos públicos a serem utilizados.

Equilíbrio entre Inovação e Responsabilidade
O diretor Fernando Mosna destacou em seu voto-vista, seguido pelos demais diretores, que os novos valores aprovados representam um avanço importante. Ele ressaltou que busca-se um “bom ponto de equilíbrio entre o incentivo ao desenvolvimento desta tecnologia e a responsabilidade da Aneel de zelar pelo uso racional e proporcional dos recursos do PDI”.
Avanços na Energia Limpa e Impacto no Mercado
A decisão da Aneel reforça o compromisso do Brasil com a transição energética e o desenvolvimento de tecnologias limpas. O hidrogênio de baixo carbono é visto como um vetor fundamental para a descarbonização de diversos setores industriais e da economia em geral. A liberação desses recursos via PDI é um incentivo crucial para que empresas possam pesquisar e desenvolver soluções inovadoras em território nacional. A expectativa é que esses projetos fomentem novas cadeias produtivas e contribuam para a competitividade do país no cenário global de energia sustentável.
Fonte: InfoMoney