O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) realizou a 13ª mudança de ministro em seu terceiro mandato com a nomeação do deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP) para a Secretaria-Geral da Presidência. A pasta é fundamental para a articulação do Governo com movimentos sociais. Esta é a sétima alteração na equipe ministerial feita apenas em 2025, evidenciando um período de intensa movimentação na Esplanada dos Ministérios.

A saída de Márcio Macêdo (PT-SE) da Secretaria-Geral, cargo que ocupava desde janeiro de 2023, marca um momento de reconfiguração. Lula, que comanda atualmente 38 ministérios, vinha dialogando com aliados sobre possíveis ajustes desde o final de 2024, mas a reforma ministerial se desdobrou de forma gradual ao longo de 2025.
Contexto das Mudanças Ministeriais
Das sete trocas realizadas neste ano, duas não estavam previstas e foram consequência de investigações que abalaram a Permanência de ministros-chave. Juscelino Filho (Comunicações) e Carlos Lupi (Previdência) tiveram que deixar seus postos em meio a apurações. As demais substituições, incluindo as de Secom, Saúde, Relações Institucionais, Mulheres e a própria Secretaria-Geral, visam aprimorar o desempenho das pastas e concentraram-se em ministérios sob influência direta do PT.
Reconfiguração da Esplanada dos Ministérios
Desde o início do mandato, a Esplanada dos Ministérios tem sido palco de diversas alterações:
- Gabinete de Segurança Institucional (GSI): O general Gonçalves Dias foi substituído pelo general Marcos Antônio Amaro.
- direitos humanos: Silvio Almeida (sem partido) deu lugar a Macaé Evaristo (PT-MG).
- Turismo: Daniela do Waguinho (União-RJ) foi substituída por Celso Sabino (União-PA).
- Esportes: Ana Moser (sem partido) foi substituída por André Fufuca (PP-MA).
- Portos e Aeroportos: Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) assumiu a pasta, com Márcio França (PSB-SP) remanejado.
- Justiça: Ricardo Lewandowski assumiu após Flávio Dino ser indicado ao Supremo Tribunal Federal.
- Secretaria de Comunicação Social (Secom): Paulo Pimenta (PT-RS) foi substituído pelo publicitário Sidônio Palmeira.
- Saúde: Nísia Trindade deu lugar a Alexandre Padilha (PT-SP).
- Secretaria de Relações Instituições: Gleisi Hoffmann (PT-PR) assumiu após Alexandre Padilha ir para a Saúde.
- Comunicações: Juscelino Filho saiu após denúncias, sendo sucedido por Frederico de Siqueira Filho.
- Previdência Social: Carlos Lupi deixou o ministério em meio a investigações, com Wolney Queiroz assumindo.
- Mulheres: Cida Gonçalves foi exonerada para dar lugar a Márcia Lopes.
- Secretaria-Geral: Márcio Macêdo foi substituído pelo deputado federal Guilherme Boulos.

Incertezas em Partidos Aliados
A situação dos ministros Celso Sabino (Turismo) e André Fufuca (Esporte) permanece em suspense. Seus respectivos partidos, União Brasil e Progressistas, indicaram a saída de filiados do governo federal, mas os ministros ainda não oficializaram a desincompatibilização de seus cargos. Essa indefinição adiciona uma camada de complexidade às negociações políticas que acompanham a recente dança das cadeiras ministeriais.
Fonte: G1