João Doria: Centro é a chave para 2026; Lula e Bolsonaro fora?

João Doria defende candidato de centro para 2026, sinalizando distanciamento de Lula e Bolsonaro. Ex-governador busca “agente pacificador”.
João Doria candidato centro 2026 — foto ilustrativa João Doria candidato centro 2026 — foto ilustrativa

O ex-governador de São Paulo, João Doria, declarou que, se as eleições presidenciais de 2026 ocorressem hoje, ele apoiaria um candidato de centro. Em entrevista ao Correio Braziliense, Doria enfatizou a necessidade de um “agente pacificador” para o Brasil, distanciando-se tanto do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quanto de qualquer figura ligada ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“A minha posição sempre foi, e continua sendo, muito clara: uma opção de centro, de equilíbrio, de ponderação. Um candidato que seja capaz de dialogar com a esquerda e com a direita, de ser respeitado pela opinião pública e que seja também um pacificador. O candidato que compuser esse perfil, a meu ver, terá grandes chances de disputar de forma competitiva as eleições presidenciais”, afirmou.

Doria mencionou governadores como Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo; Ratinho Júnior (PSD), do Paraná; Ronaldo Caiado (União), de Goiás; e Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, como potenciais nomes que poderiam compor esse perfil unificador, sem desmerecer a figura do presidente Lula.

Sem partido desde sua saída do PSDB, Doria reiterou que não tem planos de retornar à política ativa. Ele também elogiou a gestão de Tarcísio de Freitas em São Paulo, destacando a continuidade de projetos iniciados em sua própria gestão e uma “visão correta dos problemas e das soluções que o Estado exige”.

Foto de Frei Chico, vice-presidente do Sindnapi, em meio a notícias sobre desvios do INSS.
Frei Chico, vice-presidente do Sindnapi, entidade investigada em desvios.

Doria considera natural que Tarcísio de Freitas seja visto como um possível candidato à Presidência, dada a importância econômica e demográfica de São Paulo.

O ex-governador expressou o desejo de que o Brasil evite mais quatro anos de polarização política. “O preço disso será alto demais para o seu povo viver mais quatro anos de conflito e de confronto”, alertou.

Sobre a condenação de Jair Bolsonaro a 27 anos de prisão e a possibilidade de anistia, Doria avaliou que “simplesmente eliminar a pena” seria um “gesto afrontoso à Justiça” e ao Supremo Tribunal Federal (STF). Ele defende que o tempo pode corrigir falhas na interpretação da lei, mas rechaça a ideia de anistia automática.

Imagem genérica de economia brasileira, possivelmente relacionada a indicadores ou mercado financeiro.
Cenário econômico brasileiro em discussão.

Ele comentou também sobre os envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023, sugerindo que muitos participantes “sequer sabiam exatamente o que estavam fazendo”, embora estivessem “no lugar errado, na hora errada, com o posicionamento errado”.

Fonte: InfoMoney

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