O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) definiu para 6 de novembro o julgamento de dois processos que podem consolidar a inelegibilidade de Pablo Marçal por oito anos. As decisões, proferidas em primeira instância, agora serão analisadas pelo plenário da Corte, sob a presidência do desembargador Silmar Fernandes. O ex-coach alega ter cumprido todos os requisitos legais durante sua campanha eleitoral em 2024.
Primeira Condenação: Vídeo com Apoio Condicionado
A primeira condenação ocorreu em fevereiro, em uma ação movida pelo PSB e pelo PSOL. A acusação centrou-se em um vídeo divulgado por Marçal durante a disputa pela Prefeitura de São Paulo no ano anterior. No material, ele afirmava que venderia apoio a candidatos a vereador de “perfil de direita” em troca de doações de R$ 5 mil para sua campanha, o que foi interpretado como troca de favores eleitorais.
Segunda Condenação: Abuso Econômico e Mídias Sociais
Em abril, Marçal enfrentou nova condenação, desta vez por abuso de poder econômico, captação ilícita de recursos e uso indevido de meios de comunicação social. A ação, também iniciada pelo PSB, citou o uso do canal do ex-coach na plataforma Discord durante a campanha. Nele, Marçal organizou campeonatos com premiação em dinheiro para usuários que impulsionassem seu conteúdo, configurando uma estratégia de manipulação de visualizações.
Ambas as sentenças foram proferidas pelo juiz Antonio Maria Patiño Zorz, da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo. Em nota oficial, Pablo Marçal expressou confiança na reversão das decisões: “Cumprimos todos os requisitos legais durante a campanha. Confio na Justiça e estou certo de que vamos reverter”, declarou.
Terceira Condenação e Futuro Julgamento
Em julho, Marçal recebeu sua terceira condenação, novamente por abuso de poder econômico, captação ilícita de recursos e uso indevido dos meios de comunicação social. As denúncias nessa ação envolveram sorteios em redes sociais, ataques a adversários e questionamentos sobre a integridade do processo eleitoral. No entanto, esta terceira ação ainda não foi liberada para julgamento no plenário do TRE-SP, indicando que o processo legal para Pablo Marçal ainda pode se estender.
Fonte: Estadão