Ibovespa: Tensão China-EUA alivia e bolsa atinge máxima

Ibovespa atinge máxima da sessão com alívio nas tensões China-EUA. Vale e ações cíclicas lideram ganhos, enquanto investidores monitoram a política fiscal.
Ibovespa máxima tensão China EUA — foto ilustrativa Ibovespa máxima tensão China EUA — foto ilustrativa

O Ibovespa avança nesta segunda-feira, impulsionado pelo desempenho positivo da Vale e de ações cíclicas domésticas. O alívio nas tensões entre China e Estados Unidos tem sustentado o apetite por risco no mercado. Paralelamente, o Boletim Focus do Banco Central indicou uma redução relevante na projeção do IPCA para 2027, de 3,90% para 3,83%, movimento que contribui para a queda dos juros futuros. Apesar do viés mais otimista, os investidores mantêm a atenção voltada para a política fiscal local.

Por volta das 11h, o índice registrava uma alta de 0,63%, atingindo 144.296 pontos, marcando a máxima da sessão, com a mínima registrada em 143.396 pontos. A performance da Vale ON com uma valorização de 0,85% e a Petrobras PN com 0,37% impulsionam o índice, embora a Petrobras ON tenha apresentado uma leve queda de 0,03%. Destaque também para a Cogna ON, que liderava os ganhos do pregão com uma alta de 4,78%.

Na ponta negativa, a Fleury ON registrou uma queda de 4,36%, em meio a especulações sobre um possível acordo com a Rede D’Or.

Contexto Internacional: Alívio nas Tensões Geopolíticas

O otimismo nos mercados globais, refletido no avanço do Ibovespa, é impulsionado pela diminuição das tensões diplomáticas entre a China e os Estados Unidos. Essa melhora no cenário Internacional tem estimulado o apetite por ativos de maior risco, favorecendo bolsas de valores e commodities. Analistas indicam que qualquer sinal de escalada ou desescalada nessas relações comerciais e geopolíticas pode gerar volatilidade significativa nos mercados emergentes.

Política Fiscal Doméstica: Foco Constante dos Investidores

Apesar do cenário internacional favorável, a política fiscal brasileira continua sendo um ponto de atenção crucial para os investidores. A sustentabilidade das contas públicas e a trajetória da dívida são fatores determinantes para a confiança na economia. Mudanças ou incertezas em relação às metas fiscais podem impactar diretamente as projeções de juros e a atratividade dos ativos brasileiros. Acompanhar as discussões no Congresso Nacional e as sinalizações do Ministério da Fazenda é fundamental para entender os próximos movimentos do mercado.

Projeções Econômicas: IPCA e Juros Futuros em Vista

O Boletim Focus revisou para baixo a projeção do IPCA para 2027, o que contribui para a expectativa de queda nos juros futuros. Essa redução nas expectativas de inflação é um sinal positivo, pois pode abrir espaço para o Banco Central manter ou acelerar o ciclo de flexibilização monetária. No entanto, a inflação corrente e as expectativas para os próximos anos ainda demandam monitoramento constante, especialmente em relação a choques de oferta ou demanda. A decisão sobre os próximos passos da política monetária dependerá da evolução desses indicadores e do cenário macroeconômico geral.

Fonte: Valor Econômico

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