China: PIB desacelera, mas Pequim afirma resiliência e culpa tarifas

China culpa “abuso de tarifas” por desaceleração do PIB no 3º trimestre, mas afirma resiliência econômica. Entenda os desafios e perspectivas.
PIB da China — foto ilustrativa PIB da China — foto ilustrativa
Bandeira da China perto de prédios residenciais em Pequim 09/03/2025. REUTERS/Tingshu Wang/File Photo

A economia da China registrou uma desaceleração no crescimento do terceiro trimestre, com o Produto Interno Bruto (PIB) expandindo 4,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. Analistas consultados pela FactSet previam uma alta de 4,7%, enquanto no trimestre anterior a expansão havia sido de 5,2%. A perda de fôlego foi atribuída pelo porta-voz do Escritório Nacional de Estatísticas (NBS) a um alegado “abuso de tarifas por alguns países”, prática que, segundo ele, desorganizou o comércio global e aumentou a incerteza externa.

PIB Chinês: Dados e Análises

Apesar do ritmo menor, o porta-voz do NBS ressaltou que a economia chinesa “mantém bases sólidas e ampla resiliência”, mesmo diante de um cenário Internacional adverso e de ajustes internos. Ele enfatizou que a China continua sendo “uma das principais fontes estáveis de crescimento global”, classificando a desaceleração como resultado de “problemas do desenvolvimento, não de retrocesso”.

Gráfico indicando o desempenho econômico da China, com foco na desaceleração do PIB no terceiro trimestre.
Desempenho econômico da China.

Desafios Internos e Estímulos Governamentais

Pequim tem enfrentado “pressões externas e desafios domésticos” com a implementação de medidas de estímulo focadas na expansão da demanda e na modernização industrial. Setores como inteligência artificial (IA), robótica e energia limpa têm sido impulsionados como parte dessa estratégia. O contrato de janeiro do minério de ferro na bolsa de Dalian, por exemplo, refletiu preocupações sobre a demanda chinesa, fechando em queda de 0,58%, a 767 iuanes (US$107,68) a tonelada métrica.

Projeções de recursos na Austrália em relação à demanda chinesa.
Projeções de recursos em relação à demanda chinesa.

Perspectivas e Metas de Crescimento

Para o restante do ano, o NBS indica “condições favoráveis” para o cumprimento das metas de crescimento, projetadas em aproximadamente 5%. A continuidade das políticas fiscais e monetárias expansionistas, juntamente com o avanço das “novas forças produtivas”, são vistos como pilares para sustentar essa trajetória. Segundo o porta-voz, Pequim visa “reforçar o ajuste anticíclico, ampliar a demanda interna e estimular a Confiança do mercado”, garantindo a estabilidade econômica.

Apesar da desaceleração reportada, as declarações do porta-voz buscam reforçar a confiança na capacidade da China de superar os desafios, destacando a resiliência e os fundamentos sólidos de sua economia diante de um ambiente global incerto.

Fonte: InfoMoney

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