A relação entre o Brasil e os Estados Unidos é profunda, indo muito além das estatísticas comerciais. O Brasil se destaca por sua forte economia, recursos naturais valiosos e alinhamento com padrões culturais e empresariais americanos, características que atraem investidores globais.
Historicamente, os EUA foram a primeira nação a reconhecer a independência brasileira em 1824, um marco que consolidou a soberania nacional e iniciou as relações diplomáticas bilaterais.
Essa base histórica pode explicar a recente mudança de tom e o convite dos EUA para um diálogo mais pragmático, abrindo caminho para um novo cenário após a crise gerada pelo chamado tarifaço.
Investimento e Recursos Naturais Estratégicos
Os Estados Unidos são líderes globais em tecnologia, competitividade empresarial e gestão. Controlam o fluxo de liquidez financeira mundial e demonstram interesse crescente nos minerais raros do subsolo brasileiro. Esses minerais são cruciais para a transição energética global, impulsionando a demanda por esses recursos.
A balança comercial entre os dois países apresenta assimetria, com as exportações brasileiras em queda e as importações em alta, resultando em um superávit americano significativo. O Brasil, por sua vez, mantém tarifas de importação baixas sobre produtos americanos.
Atraindo Projetos de Investimento Estratégico
O principal desafio para o Brasil não é apenas equilibrar a balança comercial ou superar barreiras tarifárias, mas sim atrair projetos de investimento dos EUA. O foco deve ser em áreas como inovação, reindustrialização verde e inserção qualificada nas cadeias globais de valor.
Para um país como o Brasil, com uma renda per capita de aproximadamente US$ 10 mil, novas parcerias com os Estados Unidos representam um caminho eficaz para alcançar saltos em produtividade e sofisticação econômica. A colaboração nessas áreas pode impulsionar o desenvolvimento e a competitividade do país no cenário Internacional.
Perspectivas Futuras na Relação Bilateral
A agenda principal da relação Brasil-EUA é predominantemente econômica. O processo envolve a superação de impasses e a construção de um novo caminho de oportunidades, caracterizado por um diálogo paciente e estratégico entre as lideranças dos dois países. Este engajamento de alto nível nunca foi tão intenso na história das relações bilaterais.
Fonte: Estadão