O Ibovespa fechou em alta nesta sexta-feira, confirmando um desempenho semanal positivo. O índice, referência do Mercado acionário brasileiro, subiu 0,84%, alcançando 143.398,63 pontos. Na semana, o Ibovespa acumulou alta de 1,93%, embora o mês ainda registre uma perda de 1,94%.


O volume financeiro no pregão somou R$ 26,5 bilhões, um dia marcado pelo vencimento de opções sobre ações na bolsa paulista. Segundo Marco Tulli Siqueira, superintendente da Necton/BTG Pactual, o dia não trouxe novidades relevantes, mas refletiu operações ligadas ao exercício de opções.
Apesar dos ajustes no início do mês, dados de inflação mais favoráveis têm alimentado expectativas de um alívio na taxa Selic, o que continua a apoiar um cenário positivo para as ações. A renda variável começa a ser vista com mais otimismo, embora a liquidez permaneça baixa. Até o final de setembro, o Ibovespa acumulava uma valorização de quase 22% em 2025.
Mercados Globais e Perspectivas para a Bolsa
Analistas do Citi destacam o elevado nível de juros no Brasil como um fator estratégico para alocação em ações, abrindo espaço para um possível ciclo de corte da Selic já no início de 2026. Wall Street fechou em alta, com investidores digerindo os comentários do presidente dos EUA sobre a China e alívio nas preocupações com riscos de crédito de bancos regionais.

Destaques do Ibovespa: Prio, WEG e Raízen Lideram Alta
A Prio (PRIO3) ON avançou 5,61% após retomar a produção do FPSO Peregrino, com autorização da ANP. A empresa iniciará o processo de ramp-up de produção imediatamente.
A WEG (WEGE3) ON subiu 4,48%, ampliando a recuperação em outubro. O BTG Pactual reiterou recomendação de compra, citando fundamentos sólidos e perspectivas de crescimento a longo prazo.
A Raízen (RAIZ4) PN saltou 9,41%, sendo citada por analistas do JPMorgan entre os papéis com risco potencial de “short squeeze”. Apesar de uma queda de 56,9% em 2025, a ação mostra recuperação.

Petrobras e Bancos Dão Suporte; Vale Recua
A Petrobras (PETR4) PN valorizou-se 0,95%, oferecendo suporte ao Ibovespa em um dia de variações modestas nos preços do petróleo no exterior. O barril Brent fechou com acréscimo de apenas 0,38%.
No setor bancário, o Banco do Brasil (BBAS3) ON encerrou com variação positiva de 2,6%, impulsionando o setor no Ibovespa. Bradesco (BBDC4) PN avançou 0,68%, Itaú Unibanco (ITUB4) PN subiu 0,35% e Santander Brasil (SANB11) UNIT fechou com acréscimo de 0,68%.
A Vale (VALE3) ON recuou 0,28%, em linha com o declínio dos preços do minério de ferro na China. Contudo, no setor de mineração e siderurgia, Gerdau (GGBR4) PN subiu 1,87%, CSN (CSNA3) avançou 0,48% e Usiminas (USIM5) PNA fechou em alta de 1,46%.
Em tecnologia, a Totvs (TOTS3) ON fechou em queda de 1,71%, acumulando cinco pregões seguidos de baixa. No setor de celulose, Klabin (KLBN11) UNIT caiu 2,04%, enquanto Suzano (SUZB3) ON cedeu 0,36%.
Fonte: InfoMoney