Dólar Recua a R$ 5,40: Alívio Global e Tensões Comerciais Diminuem

Dólar recua 1,8% na semana e volta a R$ 5,40 com alívio global nas tensões comerciais EUA-China e ausência de ruídos fiscais no Brasil.
Dólar — foto ilustrativa Dólar — foto ilustrativa

O dólar à vista registrou queda frente ao real nesta sexta-feira, destoando de outros mercados internacionais onde a moeda americana apresentou leve avanço. Uma melhora no sentimento de risco global pode ter favorecido um ajuste nas posições de investidores que foram mais impactados pelo pessimismo nas últimas sessões. Apesar de um desempenho negativo na semana anterior, o dólar acumulou uma depreciação de 1,78% em relação ao real nos últimos cinco dias. Esse movimento sugere um arrefecimento das tensões comerciais entre a China e os Estados Unidos, além de uma ausência de ruídos políticos e fiscais domésticos no Brasil.

Impacto no Mercado de Câmbio

Ao final do pregão desta sexta-feira, o dólar à vista fechou negociado em queda de 0,69%, cotado a R$ 5,4050. A moeda americana atingiu a mínima de R$ 5,4026 e a máxima de R$ 5,4596 durante o dia. Na semana, a acumulação de perdas para o dólar chegou a 1,80%. O euro comercial também apresentou desvalorização, recuando 0,85% e fechando cotado a R$ 6,3073. O real demonstrou um dos melhores desempenhos do dia frente ao dólar, superado apenas pelo peso colombiano. O índice DXY, que mede a força da moeda americana contra uma cesta de outras divisas, avançava 0,09% próximo às 17h05, atingindo 98,427 pontos.

Gráfico do dólar caindo frente ao real no Brasil com alívio nas tensões comerciais
O dólar à vista registrou queda frente ao real nesta sexta-feira.

Contexto Global e Tensões Comerciais

A recente movimentação do dólar reflete um cenário de maior otimismo nos mercados globais. A postura mais conciliadora adotada por Donald Trump em relação à China na guerra comercial tem sido um dos principais fatores de alívio. Essa mudança de tom contribui para a percepção de menor risco, incentivando investidores a buscarem ativos em mercados emergentes que haviam sofrido com o receio anterior. A ausência de novos focos de tensão política ou fiscal no Brasil também tem sido crucial para sustentar a recuperação do real.

Análise de Especialistas e Próximos Passos

Analistas de Mercado observam que a atual trajetória do dólar pode ser influenciada por novos desdobramentos nas negociações comerciais entre EUA e China, bem como pela condução da política econômica e fiscal brasileira. A figura de Paula Moreira, promovida a co-chefe de venda para mercados emergentes nas Américas do Goldman Sachs, pode indicar um movimento estratégico do banco para capturar oportunidades nesse cenário de maior volatilidade e busca por ativos em mercados em desenvolvimento. Observar a continuidade do bom desempenho do real frente a outras moedas será fundamental para entender a Confiança dos investidores no médio prazo.

Fonte: Valor Econômico

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