Petrobras: Gasolina mais cara e diesel em conta levantam debate

Petrobras: Gasolina mais cara que paridade e diesel com desconto geram debate sobre estratégia de preços. Entenda a política atual.
Petrobras precificação combustíveis — foto ilustrativa Petrobras precificação combustíveis — foto ilustrativa
Sede da Petrobras 16/10/2019 REUTERS/Sergio Moraes

O Mercado tem questionado a estratégia de preços da Petrobras (Petrobras) nas últimas semanas, especialmente com a queda recente do petróleo, que levou o barril Brent a se aproximar dos US$ 60. Há indícios de que a estatal está vendendo gasolina a preços mais altos que a paridade Internacional e o diesel a valores inferiores.

Gasolina Acima da Paridade e Diesel Abaixo

Segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), a gasolina no Brasil está cerca de 10% mais cara em comparação com o mercado internacional. Por outro lado, o diesel estaria com um preço 1,43% menor, de acordo com estimativas do Centro Brasileiro de Infraestrutura (Cbie), com outras projeções indicando descontos entre 4% e 7% frente à paridade de importação.

Para que a Petrobras atingisse a Paridade de Preço de Importação (PPI), a gasolina precisaria ter uma redução de R$ 0,28 por litro, e o diesel, um aumento de R$ 0,11 nas refinarias da estatal.

Preços de combustíveis da Petrobras em debate após queda do petróleo.
Gasolina mais cara e diesel mais barato levantam questões sobre a política de preços da Petrobras.

Subsídio Cruzado na Precificação?

O presidente da Abicom, Sérgio Araújo, sugere que a Petrobras estaria praticando um subsídio cruzado, compensando as perdas com o diesel com os ganhos obtidos com a gasolina. Ele aponta que uma eventual redução no preço da gasolina poderia forçar um aumento no valor do diesel.

Os últimos reajustes divulgados pela estatal foram em junho para a gasolina (queda de R$ 0,17 por litro) e em maio para o diesel (redução de R$ 0,16 por litro). A Falta de novas sinalizações de ajuste chamou a atenção do mercado.

Posicionamento da Petrobras e Análises de Mercado

Recentemente, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, comentou sobre a queda do preço do petróleo em suas redes sociais, postando um gráfico com a cotação do barril em declínio e afirmando que “uma figura vale mais do que muitas palavras”. No entanto, não detalhou os critérios de precificação.

Em análise, o BTG Pactual considera a política de preços da Petrobras como disciplinada e consistente, priorizando médias de longo prazo em vez da paridade imediata. O banco estima que, com o Brent estabilizado em torno de US$ 62 o barril, a Petrobras poderia reduzir os preços da gasolina em 5% a 10% se a dinâmica atual persistir. Para o diesel, que é mais sensível à paridade de importação, o BTG vê espaço para um reajuste de 0% a 5%.

O Bank of America (BofA) avalia que a Petrobras tem operado com preços da gasolina acima da paridade desde o final de junho, como reflexo da queda nos preços internacionais. Em 2024, os preços da gasolina da Petrobras apresentaram um ágio médio de 4,1% em relação à paridade, enquanto o diesel teve um desconto médio de 2,1%. No acumulado do ano, a gasolina foi vendida com desconto de 4,8% e o diesel com 4,7%.

Fonte: InfoMoney

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