O número de brasileiros trabalhando por meio de plataformas digitais apresentou um crescimento expressivo de 25,4% entre o final de 2022 e o terceiro trimestre de 2024. Este avanço adicionou 335 mil novos trabalhadores, elevando o total para 1,7 milhão de pessoas, conforme dados da Pnad Contínua divulgada pelo IBGE. A expansão reforça o papel crucial dos aplicativos como alternativa de renda em um Mercado ainda com altos índices de informalidade.


Atualmente, 1,9% da população ocupada no país utiliza aplicativos como fonte de trabalho, representando um aumento de 0,4 ponto percentual em dois anos. A concentração maior ainda se observa na região Sudeste (2,2%), mas o modelo de negócio tem mostrado expansão em outras regiões, como Norte, Nordeste e Sul, onde atinge 1,2% da força de trabalho.
Serviços Profissionais e Transporte Lideram Expansão
O setor de transporte de passageiros continua sendo o principal empregador, reunindo 1,1 milhão de trabalhadores, incluindo motoristas de aplicativos como Uber e 99. Na sequência, destacam-se os entregadores de comida e produtos, que somam cerca de 485 mil pessoas em plataformas como o iFood.
No entanto, o maior salto percentual foi registrado no segmento de serviços gerais e profissionais, que engloba reformas, consertos e consultorias. Este setor cresceu 52,1% entre 2022 e 2024, saltando de 193 mil para 294 mil trabalhadores. Este dado reflete a diversificação de oportunidades dentro da economia de plataformas.
Expansão do Trabalho por App no Interior do Brasil
Apesar de o Sudeste ainda concentrar mais da metade dos trabalhadores por aplicativos (888 mil, ou 53,7% do total), as regiões Centro-Oeste (com um aumento de 58,8%) e Norte (56%) lideraram o crescimento proporcional. Essa expansão se deve, segundo especialistas, à entrada das plataformas em novos mercados regionais menos saturados e ao aumento da demanda por alternativas de trabalho em áreas com poucas oportunidades formais.
A consolidação dos aplicativos como um dos principais motores da nova economia de serviços no Brasil é evidente. O modelo deixou de ser um fenômeno restrito aos grandes centros urbanos, oferecendo novas possibilidades de emprego e renda em diversas partes do país.


Fonte: InfoMoney