EUA: Ilhas Cayman detêm US$ 1,4 trilhão a mais em títulos

Tesouro dos EUA revela que Ilhas Cayman detêm US$ 1,4 trilhão a mais em títulos, tornando-se o maior credor global. Entenda o impacto.
Ilhas Cayman títulos Tesouro EUA — foto ilustrativa Ilhas Cayman títulos Tesouro EUA — foto ilustrativa

Uma falha na contabilidade do Tesouro americano, a U.S. Treasury International Capital (TIC), deixou de reportar a posse de aproximadamente US$ 1,4 trilhão em títulos do Tesouro (Treasuries) detidos por hedge funds nas Ilhas Cayman até o fim de 2024. Com essa correção, o paraíso fiscal se tornaria o maior detentor de Treasuries do mundo, superando países como China, Japão e Reino Unido.

Correção Contábil Revela Real Posse de Títulos Americanos

A revelação, apontada por um estudo do Federal Reserve (Fed), surge em um momento de questionamentos sobre a segurança dos ativos americanos em meio a tensões geopolíticas. Tradicionalmente, notícias internacionais destacam Japão, Reino Unido e China como os principais detentores de títulos do Tesouro americano. No entanto, os dados revisados indicam que as Ilhas Cayman, frequentemente associadas a paraísos fiscais, teriam uma participação significativamente maior.

Gráfico ilustrando a movimentação de valores de títulos do Tesouro Americano, com foco nas Ilhas Cayman.
Ilhas Cayman podem ter ultrapassado China e Japão na posse de Treasuries.

Impacto na Posição Global dos EUA e Implicações para o Mercado

A reclassificação das Ilhas Cayman como o maior detentor de Treasuries levanta questões sobre a transparência e a estrutura do mercado financeiro global. A concentração de ativos em jurisdições com regimes tributários favoráveis pode ter implicações para a política monetária dos Estados Unidos e para a percepção de risco associada aos seus títulos públicos. Analistas de mercado debatem se essa mudança na contabilidade afetará a confiança dos investidores ou as estratégias de diversificação de portfólio.

Fontes próximas ao Tesouro americano indicam que a revisão dos dados busca maior precisão nas Estatísticas financeiras internacionais. A expectativa é que as futuras divulgações da TIC já incorporem essa nova contabilidade, oferecendo uma visão mais clara sobre a distribuição da dívida pública dos EUA. Acompanhe as análises sobre o impacto desta notícia em economia e mercados.

Fonte: Valor Econômico

Adicionar um comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Imagens e vídeos são de seus respectivos autores.
Uso apenas editorial e jornalístico, sem representar opinião do site.

Precisa ajustar crédito ou solicitar remoção? Clique aqui.

Publicidade