Bolsas de NY Recuam com Tensão no Crédito e Juros nos EUA

Bolsas de NY caem com tensão no mercado de crédito dos EUA e falas de diretores do Fed sobre juros. Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq recuam.
Gráfico mostra queda nas Bolsas de Nova York devido a preocupações com o crédito nos EUA. Gráfico mostra queda nas Bolsas de Nova York devido a preocupações com o crédito nos EUA.

As principais bolsas de Nova York encerraram em queda nesta quinta-feira (16), com o índice Dow Jones perdendo 0,65%, o S&P 500 caindo 0,63% e o Nasdaq recuando 0,47%. As perdas foram impulsionadas por preocupações crescentes no mercado de crédito dos Estados Unidos, especialmente após alegações de fraude em empréstimos.

Mercado de Crédito em Alerta nos EUA

A tensão no mercado de crédito ganhou destaque com a implosão da financiadora de veículos Tricolor Holdings e da fornecedora de autopeças First Brands Group. Ambas as empresas estavam tomando empréstimos em ritmo Recorde, prometendo retornos extraordinários. O CEO do J.P. Morgan, Jamie Dimon, alertou para a possibilidade de mais casos semelhantes, comparando a situação a ver “uma barata”: onde há uma, provavelmente existem mais.

Esses temores foram acentuados após o Zions Bancorp (-13,14%) anunciar uma baixa contábil de US$ 50 milhões para cobrir dois empréstimos concedidos a devedores que enfrentam ações judiciais. O jornal The Wall Street Journal reportou que diversos bancos moveram processos contra partes ligadas a esses devedores da divisão California Bank & Trust do Zions.

Outros bancos com exposição ao First Brands Group também registraram perdas significativas. As ações do Western Alliance Bancorp cederam 10,88% e o Jefferies acumulou desvalorização de 10,62% no dia.

Gráfico mostra queda nas Bolsas de Nova York devido a preocupações com o crédito nos EUA.
Bolsas de Nova York recuaram com temores no setor financeiro.

Rumores sobre Juros e Tensão Comercial Persistem

Na esfera macroeconômica, dirigentes do Federal Reserve (Fed) defenderam a continuidade da flexibilização monetária. Stephen Miran e Christopher Waller indicaram a possibilidade de cortes nos juros na reunião de outubro. Miran defendeu um corte de 0,50 ponto percentual, enquanto Waller propôs uma redução de 0,25 ponto. Adicionalmente, o recrudescimento nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China continuou no radar dos investidores.

As notícias sobre o Mercado de crédito e as discussões sobre a política monetária do Fed moldaram o sentimento do mercado, pressionando os principais índices americanos.

Fonte: Valor Econômico

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