A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a reabertura do inquérito que investiga supostas interferências políticas do ex-presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal (PF) em 2020. A investigação inicial foi motivada por acusações do ex-juiz Sergio Moro.
Contexto da Investigação Anterior
O inquérito foi instaurado em 2020, após Sergio Moro deixar o Ministério da Justiça e Segurança Pública, alegando que Bolsonaro teria promovido mudanças na cúpula da PF com o objetivo de proteger aliados e familiares de investigações. Moro acusou o ex-presidente de tentar interferir nos trabalhos da corporação.
Arquivamento e Novo Pedido da PGR
Em 2022, a então vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, pediu o arquivamento do caso, sob o argumento de que não haveria indícios suficientes de que Bolsonaro tivesse alterado o comando da PF para beneficiar interesses pessoais ou de seus familiares. Contudo, o atual procurador-geral da República, Paulo Gonet, manifestou a necessidade de diligências complementares.
Argumentos para a Reabertura
Na nova manifestação, Gonet ressaltou ser “imprescindível que se verifique com maior amplitude se efetivamente houve interferências ou tentativas de interferências nas investigações apontadas nos diálogos e no depoimento de Moro, mediante o uso da estrutura do Estado e a obtenção clandestina de dados sensíveis”. O pedido visa aprofundar a apuração sobre o uso de dados sensíveis e possíveis interferências em investigações.
Repercussão Política
A solicitação da PGR reacende o debate sobre a conduta do ex-presidente durante seu mandato. A notícia gerou Reações no meio político, com o Partido Liberal (PL) defendendo Jair Bolsonaro e acusando perseguição política. A análise detalhada dos diálogos e depoimentos será crucial para determinar os próximos passos do STF neste caso.
Fonte: Valor Econômico