Bolsas de NY oscilam: Tensão EUA-China e corte de juros pelo Fed no radar

As bolsas de Nova York encerraram a sessão desta quarta-feira, 15, sem sinal único, após oscilações durante a tarde. As tensões entre Estados Unidos e China, juntamente com o discurso do dirigente do Federal Reserve (Fed), Stephen Miran, que apoiou novos cortes nos juros, moldaram o comportamento do Mercado.

O índice Dow Jones ficou próximo a estabilidade e fechou em baixa de 0,04%, aos 46.253,31 pontos. Já o S&P 500 encerrou em alta de 0,40%, aos 6.671,06 pontos e o Nasdaq subiu 0,65%, aos 22.670,08 pontos.

Expectativas de Cortes de Juros e IA Impulsionam Mercado

De acordo com a UBS Wealth Management, a postura otimista (bullish) no mercado deve continuar, impulsionada pelos gastos com investimentos em Inteligência Artificial, o crescimento sustentável nos lucros das empresas e os próximos cortes nos juros pelo Fed. Em discurso nesta quarta, Miran defendeu um ritmo mais célere de afrouxamento monetário, sinalizando otimismo com a política monetária.

Tensões EUA-China Pressionam Setores Específicos

Durante a tarde, as bolsas perderam parte dos ganhos após declarações do secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, pedindo que o Banco Mundial encerrasse apoio à China. Essa fala é mais um catalisador para as tensões entre os dois países. Mais cedo, os Estados Unidos anunciaram novas tarifas contra o país asiático, impactando negativamente empresas ligadas a setores sensíveis.

Empresas mineradoras de terras raras, como a MP Materials (-8,92%), USA Rare Earth (-10,31%) e Niocorp Developments (-16,97%), encerraram em baixa em correção aos amplos ganhos recentes, reflexo direto do aumento das incertezas comerciais.

Por outro lado, gigantes agrícolas como Archer Daniels Midland e Bunge Global subiram 2,47% e 12,96%, respectivamente. A alta ocorreu após o ex-presidente Donald Trump indicar que seu Governo estaria considerando encerrar negócios com a China relacionados a óleo de cozinha e outros elementos do comércio bilateral.

Resultados Financeiros Influenciam Ações de Bancos

Os bancos Morgan Stanley e Bank of America registraram altas expressivas de 4,71% e 4,37%, respectivamente, impulsionados pela divulgação de resultados do terceiro trimestre que superaram as expectativas do mercado. A performance positiva dessas instituições financeiras contribuiu para o desempenho do setor bancário no pregão.

Fonte: InfoMoney