As principais bolsas de Nova York operam em alta nesta quarta-feira (15), deixando em segundo plano o recrudescimento nas tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China. O tom mais flexível do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, e o bom desempenho de bancos americanos no início da temporada de balanços dão suporte ao desempenho dos índices.
O índice Dow Jones opera em alta de 0,80%, aos 46.638 pontos. O S&P 500 sobe 1,14%, aos 6.720 pontos; e o Nasdaq tem ganhos de 1,40%, aos 22.836 pontos.
Impulso do Setor Financeiro e de Tecnologia
O setor financeiro sobe 0,73% no dia, impulsionado pelos ganhos expressivos de 3,97% nas ações do Bank of America e 6,89% nos papéis do Morgan Stanley, após resultados trimestrais acima do esperado pelo Mercado. O setor de tecnologia (+1,19%) também demonstra um desempenho positivo.
Tensões Comerciais EUA-China e Shutdown no Radar
Os Estados Unidos e a China deram outro passo em direção ao recrudescimento das tensões comerciais. Pequim deixou de comprar soja dos Estados Unidos, e o presidente Donald Trump ameaçou deixar de comprar óleo de soja do país. Em Entrevista à CNBC, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, tentou amenizar a situação, afirmando que Washington não quer escalar o conflito e que o republicano está disposto a se encontrar com o presidente Xi Jinping.
A paralisação do governo americano, que se estende para a terceira semana, segue no radar dos investidores, em meio à Suspensão da divulgação de dados oficiais. Segundo Bessent, o “shutdown” está prejudicando a economia dos EUA em US$ 15 bilhões por dia.
Análise de Mercado e Perspectivas Econômicas
A fala de Jerome Powell, indicando maior inclinação para um corte de juros, tem sido um catalisador para o mercado. Essa perspectiva de política monetária mais branda pode estimular o investimento e o consumo, embora os riscos fiscais e comerciais ainda persistam. Analistas de mercado observam com cautela a evolução das negociações comerciais e a duração do impasse governamental nos EUA, fatores que podem influenciar a trajetória dos índices no curto e médio prazo.
Fonte: Valor Econômico