B3 (B3SA3): Dados mistos em prévia do 3T25 sob pressão da Selic

Prévia operacional da B3 (B3SA3) no 3T25 revela dados mistos sob pressão da alta da Selic. Entenda o impacto e as projeções de mercado.
B3 B3SA3 dados mistos 3T25 — foto ilustrativa B3 B3SA3 dados mistos 3T25 — foto ilustrativa

A operadora da Bolsa brasileira, a B3 (B3SA3), divulgou nesta terça-feira (14) seus números operacionais referentes a setembro e ao terceiro trimestre de 2025. Em meio a um cenário de Selic em patamares elevados, as ações da companhia subiam 1,35%, a R$ 12,72.

A XP Investimentos avalia que os resultados operacionais fracos do 3T25 estão em linha com a visão de um Mercado de capitais ainda pressionado, impactado pela alta da taxa de juros e pela menor volatilidade.

Renda Fixa em Alta e Receitas Diversificadas da B3

No segmento de Renda Fixa, o momento positivo permanece, com novas emissões totalizando um aumento de 12% na base anual. A XP destaca que a diversificação de receitas da B3 tem se mostrado crucial para navegar neste ambiente de mercado desafiador.

O JPMorgan, por sua vez, aponta que o volume financeiro médio negociado em ações (ADTV) à vista ficou abaixo do esperado, enquanto as receitas de derivativos listados apresentaram desempenho ligeiramente acima. Esses fatores, combinados com expectativas baixas, justificam a avaliação neutra da corretora para a prévia operacional.

O Goldman Sachs também observa que o ADTV de ações veio abaixo das projeções. No entanto, as receitas com derivativos de ações melhoraram. As receitas com derivativos ex-ações caíram 6% trimestre a trimestre, mas ficaram acima do temor inicial. Os volumes OTC sob custódia, os registros de renda fixa e a unidade de financiamento também apresentaram desempenho melhor que o esperado.

Impacto do dólar nos investimentos: Gráfico ilustra a volatilidade cambial e seu efeito nos mercados.
Gráfico ilustra a volatilidade cambial e seu efeito nos mercados.

Previsões para o 3º Trimestre de 2025

O Goldman Sachs projeta que o EBITDA (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da B3 cairá 6% no comparativo trimestre a trimestre e ano a ano, com a margem EBITDA recuando para 68,1%, ante 69,8% no 2º trimestre de 2025. O lucro líquido também deve recuar, sendo 11% menor trimestre a trimestre e 2% na comparação anual, refletindo uma fraqueza generalizada nos segmentos.

As receitas devem cair 4% trimestre a trimestre e 3% na base anual, impulsionadas pela menor receita de derivativos não relacionados a ações e de ações. Por outro lado, espera-se uma desaceleração no crescimento das despesas, com um aumento razoável de 1% trimestre a trimestre e 4% na base anual.

Gráfico de análise de volume negociado na B3, mostrando dados mistos no 3T25.
Gráfico de análise de volume negociado na B3, mostrando dados mistos no 3T25.

Recomendações Neutras de Bancos para a B3

Com parte do otimismo em relação à recuperação dos volumes já precificado no mercado e potenciais novas fontes de receita enfrentando maior competição, além de um valuation considerado relativamente caro, a XP reiterou sua recomendação neutra para a B3SA3, com preço-alvo de R$ 16.

O Goldman Sachs e o JPMorgan também mantiveram recomendação neutra para a B3, com preços-alvo de R$ 14,8 e R$ 15, respectivamente. Atualmente, a ação é negociada próxima de 12 vezes P/L (Preço sobre Lucro) estimado para 2026, indicando uma avaliação cautelosa por parte dos analistas.

Fonte: InfoMoney

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