Dólar cai e Ibovespa busca alta com dados de varejo e falas do Fed

Dólar cai a R$ 5,4658 com investidores de olho em dados do varejo brasileiro e falas do Fed. Ibovespa busca alta em dia de indicadores.
Dólar — foto ilustrativa Dólar — foto ilustrativa

O dólar opera em queda nesta quarta-feira (15), negociado a R$ 5,4658. O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, aguarda a abertura oficial para reagir aos indicadores econômicos divulgados hoje.

O dia é marcado pela atenção a dados de consumo no Brasil e por movimentações relevantes no cenário internacional. O mercado local acompanha indicadores e fluxo de recursos, enquanto os Estados Unidos concentram foco em discursos do Fed e na divulgação de um relatório que pode influenciar expectativas econômicas.

Gráfico da cotação do dólar em queda.
Dólar opera em queda na manhã desta quarta-feira.

Vendas no Varejo Brasileiro Superam Expectativas

A Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) divulgada pelo IBGE revelou que as vendas no varejo brasileiro avançaram 0,2% em agosto em relação a julho, e subiram 0,4% na comparação anual. Os resultados interrompem uma série de quatro meses de resultados negativos, embora a variação mensal permaneça modesta.

Este cenário reflete o impacto da política monetária restritiva e o arrefecimento da atividade econômica. A taxa básica de juros, a Selic, em 15%, restringe o crédito e afeta o consumo, mas é parcialmente compensada por um Mercado de trabalho aquecido.

Entre as oito atividades pesquisadas, cinco apresentaram resultados positivos em agosto: Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (+4,9%); Tecidos, vestuário e calçados (+1,0%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (+0,7%); Móveis e eletrodomésticos (+0,4%); e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (+0,4%).

“Os produtos de informática tiveram forte influência do dólar, em franca desvalorização em agosto”, comentou o gerente da pesquisa, Cristiano Santos, destacando o impacto da queda de 3,18% da moeda americana frente ao real no mês.

EUA Sob Paralisação e Foco no Fed

A paralisação do Governo dos Estados Unidos entra em seu 15º dia, com possibilidade de se tornar a mais longa da história. O presidente Donald Trump e os republicanos no Congresso mantêm a pressão sobre os democratas, que exigem mais recursos para a saúde.

Enquanto isso, o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, indicou que o mercado de trabalho americano continua fraco, mas a economia mostra sinais de maior firmeza. Powell afirmou que as decisões sobre cortes de juros serão tomadas “reunião por reunião”, ponderando o desemprego e a inflação, que permanece acima da meta de 2%.

O Fed divulgará novos dados de inflação em 24 de outubro e a próxima reunião de política monetária ocorrerá em 28 e 29 de outubro. Espera-se um corte de 0,25 ponto percentual na taxa de juros. Recentemente, o Fed anunciou o primeiro corte de juros nos EUA em nove meses.

Jerome Powell, presidente do Federal Reserve.
Jerome Powell, presidente do Fed, sinaliza cautela nas decisões de juros.

Mercados Globais Reagem a Dados e Expectativas

Os mercados futuros de Wall Street operam com otimismo, impulsionados por resultados corporativos e pela expectativa de cortes nos juros do Fed. Comentários de Jerome Powell reforçam a aposta em uma redução da taxa ainda este mês.

As bolsas europeias também operam em alta, recuperando perdas recentes, com destaque para o setor de luxo. Investidores acompanham as reuniões do FMI e do Banco Mundial.

As bolsas asiáticas fecharam em alta, sustentadas pela expectativa de estímulos econômicos na China, apesar das tensões comerciais com os EUA.

Gráfico de bolsas globais em alta.
Mercados globais reagem positivamente a indicadores econômicos.

O ouro ampliou seu rali, superando US$ 4,2 mil a onça pela primeira vez, diante das expectativas de cortes na taxa de juros dos EUA e da incerteza econômica e geopolítica global.

Fonte: G1

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