INSS suspende programa de fila por falta de orçamento

O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Gilberto Waller Jr., suspendeu temporariamente o Programa de Gerenciamento de Benefícios (PGB). O objetivo do programa era reavaliar e revisar benefícios previdenciários e assistenciais para reduzir a fila de atendimento.

A justificativa para a Suspensão é a falta de verba. O presidente do Instituto enviou um ofício ao Ministério da Previdência solicitando uma suplementação orçamentária de R$ 89.156.165,29 para garantir a continuidade do PGB.

Este programa funciona como um incentivo: os servidores recebem um bônus caso analisem mais requerimentos do que a meta diária estabelecida. O PGB é uma ferramenta frequentemente utilizada pelo INSS para diminuir o acúmulo de processos. A versão atual do programa estava em vigor desde 15 de abril de 2025.

Fila do INSS ultrapassa 2,6 milhões de brasileiros

Em agosto, a fila do INSS já ultrapassava 2,6 milhões de brasileiros, de acordo com dados do Portal da Transparência. Em dezembro do ano passado, o número de pessoas aguardando a concessão de benefícios superou a marca de 2 milhões. Em março deste ano, o volume atingiu o pico de 2,7 milhões de segurados.

Por meio de ofício, o Instituto determinou que, durante o período de suspensão do Programa de Gestão de Benefícios (PGB), novas tarefas não deverão ser concluídas pela chamada “análise extraordinária”. O documento também orienta que todas as demandas pendentes ou em exigência sejam retiradas desse tipo de análise e retornem à fila comum de processamento de benefícios.

Importância do PGB e busca por recursos

No mesmo ofício, a presidência do INSS reconheceu a importância do PGB e o empenho dos servidores envolvidos, destacando que a iniciativa tem sido essencial para reduzir o tempo médio de análise dos benefícios. A autarquia informou que está atuando junto aos órgãos competentes para garantir a suplementação dos recursos necessários e retomar o programa o mais rapidamente possível.

A reportagem solicitou um posicionamento oficial do INSS e aguarda retorno.

Fonte: G1