O modelo de empresas que compram bitcoin para adicionar à sua tesouraria, mesmo utilizando recursos de dívida e ações, está ganhando espaço globalmente e acaba de desembarcar no Brasil. Atualmente, a B3 conta com duas empresas que adotam essa estratégia: a Méliuz e a OranjeBTC. Este movimento ocorre em um cenário de forte valorização do bitcoin, que já acumula alta de 70% em um ano, levantando preocupações sobre o risco de formação de uma bolha especulativa no Mercado de criptomoedas.
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A entrada de tesourarias de bitcoin no mercado brasileiro reflete uma tendência observada internacionalmente, onde empresas buscam diversificar suas reservas com ativos digitais. No entanto, a volatilidade intrínseca ao bitcoin e o atual ciclo de alta geram ceticismo entre analistas e investidores tradicionais.
Contexto da Chegada das Tesourarias de Bitcoin ao Brasil
No ano passado, a presença de tesourarias de bitcoin na B3 era inexistente. Hoje, a situação mudou, com a Méliuz e a OranjeBTC liderando essa nova fronteira de investimento corporativo no país. Essa transição sublinha uma crescente aceitação, ou pelo menos uma curiosidade, por parte de empresas brasileiras em explorar os ativos digitais como parte de suas estratégias financeiras.
O modelo envolve não apenas a alocação de caixa, mas também a captação ativa de recursos especificamente para a aquisição de bitcoin. Essa abordagem, embora audaciosa, busca capitalizar sobre a potencial valorização da criptomoeda, inserindo-a no balanço patrimonial das companhias.
Riscos e Desafios do Bitcoin em Tesouraria
Analistas de mercado expressam cautela quanto à sustentabilidade desse modelo, especialmente em períodos de instabilidade econômica ou quando o mercado de criptomoedas entra em fase de correção. A alta acumulada pelo bitcoin levanta questões sobre a possibilidade de uma bolha estar se formando, o que poderia impactar negativamente as empresas que mantêm grandes posições em suas tesourarias.
A diversificação de reservas com criptoativos, embora possa trazer retornos expressivos em ciclos de alta, também expõe as empresas a riscos significativos de perdas em caso de quedas acentuadas. A Falta de regulamentação clara e a volatilidade inerente ao bitcoin são fatores que exigem uma análise aprofundada e uma gestão de riscos rigorosa por parte das companhias.
Perspectivas Futuras para Tesourarias de Criptoativos no Brasil
A chegada das tesourarias de bitcoin ao Brasil pode ser um indicativo de futuras tendências de investimento corporativo. No entanto, o sucesso a longo prazo dependerá da capacidade das empresas de gerenciar os riscos associados à alta volatilidade do ativo e da evolução do cenário regulatório para criptomoedas no país.
Enquanto algumas empresas veem o bitcoin como uma oportunidade de alto retorno, outras preferem aguardar um ambiente de maior estabilidade e clareza regulatória. Acompanhar o desempenho da Méliuz e da OranjeBTC será crucial para entender se o modelo de tesouraria de bitcoin se consolidará no mercado brasileiro.
Fonte: Valor Econômico