A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, assegurou ao deputado Arthur Lira (PP-AL) que Carlos Vieira permanecerá como presidente da Caixa Econômica Federal. Vieira foi indicado para o cargo em 2023 por Lira, que na época ocupava a presidência da Câmara dos Deputados.
A decisão ocorre em meio a uma movimentação do Governo para exonerar indicados de deputados que votaram contra uma Medida Provisória sobre o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Apesar de o Centrão ter votado pela derrubada da MP, Arthur Lira não estava presente no momento da votação.
Cargos Regionais e Mudanças na Caixa
Além da presidência da Caixa, Arthur Lira mantém influência em cargos regionais em Alagoas. Gleisi Hoffmann informou a Lira que, embora Carlos Vieira se mantenha no comando, haverá alterações em algumas vice-presidências do banco.
Um exemplo de quem já foi afetado é José Trabulo Júnior, consultor da presidência do banco e aliado do senador Ciro Nogueira (PP-PI). O encontro entre Lira e Gleisi ocorreu no Palácio do Planalto, onde a ministra detalhou a estratégia do governo para reacomodar a base aliada, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva denominou como a “primeira fase” de ajustes.
Estratégia de Reacomodação da Base Aliada
A segunda etapa deste processo envolverá a redistribuição de cargos nas próximas semanas. O Planalto visa remover cadeiras ocupadas por indicações de líderes do Centrão que não apoiaram o governo e, em contrapartida, priorizar aliados dentro desses mesmos partidos.
Até o momento, demissões já atingiram indicados de partidos como PP, União Brasil, PSD, MDB e até do PL. Além da Caixa, o processo de expurgo alcançou os Correios, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), superintendências regionais do Ministério da Agricultura, a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
Fonte: Estadão